Os mercados globais mudaram na terça-feira após Israel ordenar ação militar imediata contra Teerã, culpando o Irã por disparar mísseis após uma trégua já ter sido declarada.

Três civis foram confirmados mortos após um míssil atingir um edifício em Be’er Sheba, uma cidade israelense ao sul. O projétil fazia parte de quatro rajadas consecutivas disparadas na manhã de terça-feira, horas após o presidente dos EUA Donald Trump anunciar o que deveria ser um acordo de trégua entre os dois lados.

Israel Katz, o ministro da defesa israelense, disse:

“Eu instruí as forças armadas a continuar operações de alta intensidade visando ativos do regime e infraestrutura terrorista em Teerã.”

O Irã, por outro lado, alegou que nenhum míssil foi lançado após a trégua ser declarada. A negação veio da ISNA, uma agência de notícias iraniana gerida por estudantes, que afirmou que os relatos de ataques iranianos após a trégua eram falsos.

Ainda assim, os danos dentro de Be’er Sheba eram reais, e paramédicos israelenses no local confirmaram a morte de três civis. Katz disse que o ataque foi uma violação do acordo declarado pelo “presidente dos Estados Unidos.”

Israel confirma operações militares renovadas enquanto as ações disparam mundialmente.

Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, apoiou a decisão de Katz e disse que os ataques aéreos anteriores realizados por Israel em 13 de junho já haviam cumprido seu objetivo. Esse objetivo, segundo Netanyahu, era “destruir o programa nuclear do Irã e as capacidades de mísseis.” Ele também disse:

“Israel agradece ao presidente Trump e aos Estados Unidos pelo apoio na defesa e pela participação na eliminação da ameaça nuclear iraniana.”

Apesar da violência, os mercados globais não colapsaram. Na verdade, eles dispararam. Conforme relatado pela Reuters, o Índice de Viagens e Lazer da Stoxx Europe subiu 4% no início do dia. Grandes nomes no espaço de lazer e aviação lideraram os ganhos. As ações da EasyJet dispararam 6,5%, os hotéis InterContinental ganharam 3,3% e a Carnival avançou 5,9%. Esse otimismo não foi isolado na Europa.

A Ásia seguiu pelo mesmo caminho com momento semelhante. O Nikkei 225 no Japão subiu 1,17%, enquanto o Índice Topix viu um aumento de 0,75%. O índice Kospi da Coreia do Sul subiu 2,71%, e o Kosdaq aumentou 1,96%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 ganhou 1%. Os mercados da China e de Hong Kong também registraram ganhos, com o índice Hang Seng subindo 1,91% e o CSI 300 subindo 1,13%.

Os mercados americanos também se moveram para cima, liderados pelo anúncio da trégua de Trump, que ainda estava sendo precificado antes que a notícia do contra-ataque de Israel fosse divulgada. Os futuros do Dow subiram 134 pontos, ou 0,3%, enquanto os futuros do S&P 500 subiram 0,4%.

Os futuros do Nasdaq 100 adicionaram 0,6%. Na Wall Street, o sino de fechamento mostrou força significativa. O Índice Dow Jones Industrial terminou 374,96 pontos mais alto, em 42.581,78, um ganho de 0,89%. O S&P 500 fechou em 6.025,17, subindo 0,96%, enquanto o Nasdaq Composite terminou em 19.630,97, subindo 0,94%.

Flutuações cambiais, explosões de criptomoedas e queda do petróleo à medida que a trégua se rompe.

Os mercados cambiais não ficaram quietos. Uma queda acentuada nos preços do petróleo deu ao iene e ao euro espaço para se valorizar, já que tanto o Japão quanto a UE são grandes importadores de petróleo bruto. O dólar americano caiu 0,75% em relação ao iene, atingindo 145,03. O euro ganhou 0,27%, atingindo US$ 1,1609, não muito longe de sua alta de outubro de 2021 de US$ 1,1632. O índice do dólar caiu 0,14% para 98,09, estendendo uma queda de mais de 0,5% em relação ao dia anterior.

Nações importadoras de commodities viram suas moedas se fortalecerem. O dólar australiano subiu 0,7% para US$ 0,6506, e o dólar neozelandês aumentou 0,75% para US$ 0,6025. O shekel israelense também disparou 1,5% em relação ao dólar, atingindo seu nível mais forte desde fevereiro de 2023, apesar do ataque com mísseis em Be’er Sheba e dos iminentes ataques aéreos em Teerã.

Os traders de criptomoedas também se juntaram à festa. O Bitcoin subiu 2%, sendo negociado a US$ 105.832, enquanto o ether saltou 3,2% para US$ 2.425. A maior queda, no entanto, veio do petróleo. Os preços do petróleo bruto dos EUA caíram 2,35% para US$ 66,9 por barril, enquanto o petróleo Brent caiu 2,25% para US$ 69,87. Esses são os níveis mais baixos vistos desde 13 de junho, dia em que Israel lançou seu primeiro ataque aéreo ao Irã.

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