Nunca tivemos tantas pessoas que possuem criptomoedas como agora em nosso país: são pouco mais de 4,1 milhões de pessoas, segundo relatório recente da Receita Federal. Para se ter uma ideia, esse número está muito próximo dos 5 milhões que têm CPF na B3 e representa pouco mais de um quarto do número de pessoas que estão em renda fixa, que é de 17 milhões.

Com um mercado de tamanho não desprezível, é importante observar quais são as melhores plataformas existentes, para saber onde é provável que novas pessoas coloquem seus recursos para investir no mercado de criptografia.

O critério de seleção dessas cinco bolsas (brokers) foi baseado em um estudo da Proteste publicado no final de março deste ano e falava das exchanges responsáveis ​​por cerca de 90% de todas as negociações realizado em bolsas centralizadas (CEX) no Brasil.

Além disso, será feita a apresentação das cinco trocas contando brevemente sobre a origem e também uma curiosidade sobre elas. Vamos lá!

Binância

Fundada em 2017, a empresa de origem asiática é a maior exchange do mundo, estando presente em mais de 140 países e contando com mais de 190 milhões de usuários ao redor do planeta.

Considerando apenas os escritórios físicos, a Binance está em pouco mais de 40 países, incluindo o Brasil.

Um diferencial notável da empresa é que ela possui um token nativo, o Binance Coin (BNB). Com isso, além de todas as criptomoedas presentes em sua plataforma, quem utiliza essa exchange também poderá ter em seu portfólio uma moeda que possa acompanhar o crescimento da empresa, quase como se fosse uma ação da empresa.

E por ser a maior bolsa do mundo, não parece uma má ideia.

Mercado Bitcoin

O grupo brasileiro 2TM que dirige a empresa iniciou suas atividades em 2013, tornando esta bolsa uma das veteranas em atuação no Brasil. Na verdade, o início ocorreu em 2011, mas o potencial como negócio foi concretizado dois anos depois.

Outro marco importante para a empresa foi um investimento recebido em 2021 do Softbank: R$ 200 milhões que serviram para ampliar o próprio ecossistema de negócios.

O diferencial do Mercado Bitcoin tem a ver justamente com esse conjunto de negócios próprios que ganharam força após o investimento do Softbank: custódia, tokenização, conta digital, mercado varanda para grandes clientes e até plataforma de crowdfunding de ações, todos operados pela empresa.

Foxbit

O início desta empresa brasileira ocorreu em 2014, sendo a segunda mais antiga em operação desta lista. Em 2019, segundo ranking Deloitte/Exame, foi considerada a empresa que mais cresceu no Brasil, considerando o universo das pequenas e médias empresas.

Um diferencial interessante a ser observado sobre a Foxbit é o fato de possuir uma equipe especializada de atendimento ao cliente. Provavelmente a origem desta abordagem tem a ver com uma trajetória que completará uma década em 2024: conhecendo usuários de todos os tipos e suas dúvidas, decidiram implementar uma central de ajuda ativa.

NovaDAX

Iniciada em 2018 e liderada pelo Abakus Group, que é um grupo de empresas de origem chinesa, a NovaDAX surgiu no Brasil para dar continuidade a um projeto por aqui que, globalmente, já atraiu mais de US$ 300 milhões em investimentos e foca na atuação no setor de tecnologia .

Suas empresas irmãs são Wecash e Abakus Tech.

Um diferencial interessante dessa exchange está no foco na segurança das transações internas e nos recursos deixados na própria plataforma: a empresa investe em um blockchain próprio para registrar as transações realizadas, os ativos que nela permanecem ficam armazenados em “carteiras frias” com múltiplas assinaturas e, além disso, a plataforma possui certificação SSL A+.

BityPreço

Este é o primeiro caso nesta lista de um mercado de câmbio. Esta é uma empresa um pouco diferente das anteriores: este negócio, nascido em 2018, coloca várias exchanges num só local, permitindo a quem a utiliza encontrar os melhores preços de tokens de forma ainda mais direta.

O diferencial que essa plataforma traz está diretamente relacionado ao fato de ser um marketplace de trocas. Através das associações que o BityPreço mantém com diversas exchanges, consegue reduzir as taxas de transação justamente pelos fluxos financeiros que origina. 

Ou seja: ganha o cliente com mais opções e as exchanges associadas também ganham, pois têm mais dinheiro sob gestão.

Critérios para escolher uma bolsa

Além de conhecer um pouco mais sobre as exchanges de criptomoedas que mais têm presença nas transações brasileiras, vale ficar de olho em algumas características de todas elas:

  • Segurança: As transações devem ser seguras, este aspecto é essencial.

  • Plataformas disponíveis: É importante saber, tanto pela facilidade de uso quanto pela compreensão dos recursos, se é possível acessar a exchange apenas através de um computador/laptop ou também através de aplicativos mobile.

  • Taxas envolvidas: Verifique, antes de começar a operar em exchange, quais taxas são cobradas para cada transação que você fizer (e, também, se há cobranças para manter sua conta ativa).

  • Experiência e percepção do usuário: Entender todos os aspectos técnicos anunciados pela empresa é um passo, mas a confirmação deles está em verificar com quem já utiliza a plataforma se tudo realmente está cumprido.

Conhecendo as peculiaridades das cinco maiores exchanges do Brasil e seguindo algumas dicas adicionais, você agora tem mais chances de negociar com segurança neste mercado. É hora de começar!

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Imagem de prolya174, disponível no Freepik