As autoridades financeiras na Grécia restringiram o acesso a uma carteira cripto com fundos originados do hack da bolsa Bybit, que resultou na perda de cerca de $1,5 bilhão de ether em fevereiro.
A intervenção, descrita como a primeira no país, é parte de investigações em andamento sobre o que tem sido considerado o maior roubo na história cripto, ligado ao notório sindicato de hackers do Grupo Lazarus.
Oficiais gregos bloqueiam ativos cripto ilícitos em uma bolsa local
A Autoridade Helênica de Combate à Lavagem de Dinheiro (HAMLA) se juntou à complexa investigação sobre o roubo maciço deste ano de uma das maiores bolsas de moeda digital. O órgão governamental recentemente congelou ativos rastreados de volta ao roubo.
O presidente da HAMLA, Charalambos Vourliotis, fez o anúncio em uma coletiva de imprensa, durante a qual informou o Ministro da Economia e Finanças da Grécia, Kyriakos Pierrakakis, sobre o trabalho de sua agência no espaço cripto.
Agindo com base em uma inteligência recebida em maio, a autoridade identificou um usuário registrado em uma plataforma de negociação grega que recebeu uma “quantia significativa” de ether (ETH) em sua conta.
Usando software especializado para analisar a transação suspeita, os analistas da HAMLA conseguiram estabelecer que as moedas faziam parte daquelas roubadas da Bybit no início deste ano.
A carteira foi imediatamente congelada, cumprindo uma ordem do promotor, relataram os jornais gregos Proto Thema e Kathimerini em seus sites na terça-feira.
A agência de combate à lavagem de dinheiro também emitiu uma ordem de apreensão dos ativos cripto e submeteu um relatório ao Ministério Público da Grécia para ações legais adicionais.
As autoridades ainda não forneceram detalhes sobre os ativos apreendidos e o destinatário da transferência digital. Mas a imprensa local já descreveu a medida como uma primeira, tanto em termos de Grécia congelando fundos cripto ilícitos quanto em encontrar impressões digitais gregas em um crime financeiro digital dessa magnitude, observando:
“O caso atraiu atenção internacional, com o Federal Bureau of Investigation (FBI) dos EUA emitindo um alerta público confirmando o congelamento de ativos digitais suspeitos.”
Criptomoeda confiscada na Grécia ligada à violação da Bybit
A Bybit, uma bolsa de cripto baseada em Dubai e líder em termos de volume de negociação diário, anunciou que foi hackeada em 21 de fevereiro de 2025, relatando o roubo de $1,5 bilhão em ETH, considerado o maior roubo de criptomoeda até o momento.
A análise de blockchain desde então vinculou o ataque ao Grupo Lazarus, unindo hackers supostamente controlados pelo regime que governa a Coreia do Norte, que supostamente exploraram vulnerabilidades de segurança e transferiram as moedas digitais para múltiplos endereços.
A HAMLA começou a desvendar a conexão grega no mês passado, quando foi notificada de um movimento suspeito de fundos, mais especificamente, o crédito de uma “grande quantia de Ethereum” em uma carteira hospedada por um provedor de serviços de câmbio de criptomoedas não nomeado na Grécia.
Usando ferramentas de forense de blockchain à sua disposição, os analistas da agência realizaram uma série de verificações para “desembaraçar o fio”, detalhou o semanal Proto Thema em um artigo de acompanhamento na quarta-feira.
Os especialistas treinados descobriram que os fundos não vieram de uma transação comercial regular, como uma compra de criptomoeda, mas seguiram uma trilha de transação específica já sinalizada pelo FBI.
Isso os levou a uma das carteiras ETH envolvidas na lavagem dos fundos da Bybit, que haviam sido divididos e movimentados através de múltiplas carteiras antes de alguns deles terminarem na Grécia.
Os investigadores ainda não conseguiram provar que o proprietário grego da carteira congelada realmente sabia a verdadeira origem dos fundos recebidos, observou o relatório.
No entanto, as autoridades de aplicação da lei na Grécia ainda estão considerando todos os cenários, incluindo a possibilidade de que a pessoa tenha atuado como um elo intermediário em um esquema global de lavagem de dinheiro digital.
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