O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse no domingo que o Irã estaria cometendo um “suicídio econômico” ao fechar o Estreito de Hormuz, alertando sobre uma resposta militar da América se isso acontecer.

Ele fez os comentários durante uma entrevista à Fox News, menos de um dia depois que o exército dos EUA realizou uma operação aérea em grande escala que destruiu três instalações nucleares no Irã.

Marco pediu à China que converse diretamente com Teerã, dizendo que a economia chinesa depende fortemente do petróleo que flui através de Hormuz.

“Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente dos Estreitos de Hormuz para seu petróleo,” disse Marco. Ele também alertou que se o Irã realmente avançar e fechar o estreito, seria “mais um erro terrível,” e disse que os EUA “mantêm opções para lidar com isso.”

Marco diz que o Irã forçou a mão de Trump.

Marco, que também atua como conselheiro de segurança nacional sob o presidente Donald Trump, deixou claro que a administração vê a situação como um teste de determinação. Ele disse que a decisão de bombardear os locais nucleares do Irã não foi a primeira escolha de Trump, mas se tornou a única escolha após anos de táticas de atraso pelo regime iraniano.

“Eles jogaram com o mundo por mais de 40 anos com essas negociações nucleares e adiamentos,” disse Marco. “Eles não vão brincar com o presidente Trump, e descobriram na noite passada que quando ele diz que vai fazer algo, ele faz.”

A campanha de bombardeio dos EUA atingiu Fordow, Natanz e Isfahan, os três principais locais de enriquecimento nuclear do país. Oficiais militares confirmaram que os ataques foram realizados usando 14 bombas de penetração, mais de duas dúzias de mísseis Tomahawk e mais de 125 aeronaves. Marco descreveu a ação como uma resposta direta à recusa do Irã em se envolver em negociações diretas, e ao que ele chamou de padrão do regime de “brincar de gato e rato.”

Marco também criticou o Irã por se esconder atrás da diplomacia enquanto evitava conversas reais. “Eles acham que são espertos,” disse ele. “Eles não são espertos, e não vão escapar com isso, não sob o presidente Trump.” Ele disse que os EUA estão prontos para encerrar as comunicações paralelas e querem apenas negociações cara a cara. “Não vamos fazer isso mais,” afirmou Marco. “Vamos falar sobre como resolver pacificamente esse problema.”

Bombardeiros de engodo enganaram as defesas do Irã.

Os principais oficiais de defesa revelaram que o ataque aéreo foi projetado para evitar detecção. O General Dan Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto, disse que alguns bombardeiros voaram para o oeste em direção ao Pacífico como uma distração. “Foi um esforço de engano conhecido apenas por um número extremamente pequeno de planejadores e líderes-chave,” disse Caine. Enquanto isso, o grupo de ataque principal viajou para o leste por 18 horas para alcançar seus alvos dentro do Irã.

Após os ataques, Teerã prometeu se defender. Marco emitiu um alerta sobre retaliação, dizendo que seria “o pior erro que eles já cometeram.” Mesmo assim, ele enfatizou que os EUA estão abertos a negociações diretas com o Irã se eles estiverem sérios sobre encontrar uma solução pacífica.

Marco também agradeceu aos europeus por pressionarem Teerã a vir à mesa. “Incentivamos eles a continuar fazendo isso e somos gratos que eles têm feito isso até agora,” disse ele.

Marco disse que se o Irã seguir em frente com o fechamento do Estreito de Hormuz, as consequências afetariam outras economias muito mais severamente do que a dos EUA. “Isso machucaria muito mais as economias de outros países do que a nossa,” disse ele. Cerca de 20% do petróleo e gás globais passam por essa estreita faixa entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã.

A decisão do parlamento iraniano de aprovar um plano para fechar Hormuz veio apenas algumas horas após os ataques aéreos. Essa decisão, primeiro relatada pela Press TV, escalou ainda mais o impasse.

E o Oval agora deixa claro que vê o fechamento de Hormuz não apenas como uma ameaça aos mercados de energia, mas como uma provocação direta que será enfrentada com força, se necessário.

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