A adoção das stablecoins — moedas digitais atreladas ao dólar, como USDT e USDC — registrou um salto expressivo no Brasil em 2025, impulsionada por mudanças fiscais e pela busca por maior agilidade nas transferências internacionais. Segundo dados do Bitybank, criptoBanco que combina serviços de conta digital com negociação de ativos digitais, o volume de negociações desses criptoativos cresceu mais de 160% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
O avanço coincide com a recente alteração na cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que aumentou os custos das remessas tradicionais. Como o novo imposto não incide diretamente sobre stablecoins, empresas e indivíduos passaram a enxergá-las como alternativa mais econômica. Em alguns casos, a economia pode ser até dez vezes maior em relação aos métodos convencionais, segundo estimativas do setor.
Menor custo e mais rapidez impulsionam uso de stablecoins
A velocidade também pesa na decisão: enquanto bancos tradicionais podem levar até dois dias úteis para concluir uma remessa internacional, transações com stablecoins são processadas em minutos. Para setores que exigem liberação imediata de capital, a diferença é estratégica. “Esse aumento do IOF irá impactar diretamente o pequeno e médio empreendedor, freelancers, turistas e qualquer cidadão que precise pagar ou receber do exterior. Este movimento do governo impulsiona a adoção de outras alternativas, como stablecoins, que acabam se tornando cada vez mais atrativas pela sua eficiência e baixo custo”, afirmou Ney Pimenta, CEO do Bitybank.
Em resposta à nova demanda, o Bitybank acelerou o lançamento de soluções específicas, como um cartão de crédito vinculado ao dólar digital e uma ferramenta de comparação de preços entre USDT e USDC em diferentes plataformas. “Estamos preparados para atender desde o usuário individual até corporações com grandes demandas”, destacou Ton Marques, líder de produtos da empresa.
Para Bárbara Rocha, diretora de marketing do Bitybank, os criptoativos deixaram de ser vistos apenas como instrumentos de especulação. “Hoje, são ferramentas reais de proteção patrimonial e liberdade financeira. Nossa missão é transformar a criptoeconomia em algo simples, seguro e acessível para o cotidiano do brasileiro.”
Com o avanço da regulamentação e a ampliação da base de usuários, o cenário aponta para uma mudança de paradigma nas finanças pessoais e empresariais: mais digital, globalizada e menos dependente de tarifas bancárias tradicionais.
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