Guerra comercial entre EUA e China pode forçar Banco Central brasileiro a ‘praticar juros menores’, diz estudo do Bradesco; entenda

O Comitê de Política Monetária (Copom) acontece na próxima semana, e o mercado, apesar de não querer uma nova alta neste momento para a taxa Selic, pode esperar que ela ocorra — ao menos, em 0,50 ponto percentual (p.p.).

Isso porque, segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, no Brasil, o cenário permanece desafiador para a condução da política monetária.

A guerra das tarifas recíprocas anunciadas pelos Estados Unidos (EUA), e as posteriores retaliações com a China, resultaram em elevação dos índices de incerteza global a níveis históricos.

“Embora as tarifas tenham viés inflacionário para os EUA, acreditamos que o excesso de oferta de bens industriais chineses resultará em uma ligeira desaceleração dos preços no Brasil”, dizem. “Nossas novas hipóteses contemplam o viés altista da atividade brasileira que se vinha observando nos dados do primeiro trimestre, com a incorporação da desaceleração global, em nossa economia”, completam.

Contudo, o banco destaca que o efeito na atividade e nos preços, a longo prazo, abre margem para que o Banco Central pratique juros um pouco menores do que no cenário anterior. https://www.moneytimes.com.br/china-x-eua-traz-um-mundo-mais-adverso-para-o-brasil-e-selic-a-1475-ao-fim-do-ciclo-segundo-analistas-visp/amp/