O Japão revelou que apenas 1 a 2% do muito publicizado acordo comercial de $550 bilhões com os Estados Unidos representa investimentos reais e diretos. A vasta maioria da soma será entregue na forma de empréstimos e garantias governamentais, levantando questões sobre os reais benefícios econômicos para o Japão.

🔹 O principal negociador Rjosei Akazawa procurou acalmar as preocupações, afirmando que, apesar da pequena participação dos investimentos de capital, o Japão pode economizar cerca de ¥10 trilhões (aproximadamente $68 bilhões) por meio da redução de tarifas. Ele acrescentou que os pagamentos de juros de empréstimos e taxas de garantia gerariam renda adicional.

Estrutura de Investimento e Divisão de Lucros Controversa

Akazawa esclareceu que o plano funcionaria principalmente por meio de garantias de empréstimos e linhas de crédito, com investimentos reais representando apenas 1–2% do total. Ainda mais controverso é o acordo de compartilhamento de lucros, que aloca 90% dos retornos para os Estados Unidos, deixando o Japão com apenas 10%.

Isso marca uma significativa divergência da proposta original de Tóquio de uma divisão de 50:50. O desequilíbrio gerou críticas públicas, com muitos acusando o governo de ceder demais a Washington. Mas Akazawa defendeu a decisão:

“Sim, os EUA ficam com 90%, mas no pior cenário, o Japão pode perder algumas dezenas de bilhões de ienes. As pessoas dizem ‘Você vendeu o Japão’, mas elas estão erradas.”

Taiwan Também Pode se Beneficiar?

Akazawa observou que empresas fora do Japão e dos EUA também poderiam se beneficiar da iniciativa. Por exemplo, um fabricante de semicondutores taiwanês planejando construir uma fábrica nos Estados Unidos poderia receber apoio sob o programa.

O Japão designou a JBIC e a NEXI como as principais instituições para financiar os projetos. No entanto, o cronograma completo para a implementação das tarifas e a implementação da facilidade de investimento permanece incerto. Nenhum acordo conjunto foi assinado até agora, embora a Casa Branca tenha publicado um documento oficial. Akazawa alertou que insistir em um documento formal poderia atrasar o progresso, sugerindo que os EUA poderiam pressionar por uma ordem executiva independentemente.

Reduções Tarifárias em Breve – Mas Não Para Todos

Na semana passada, Akazawa anunciou que as tarifas universais sobre as exportações japonesas seriam reduzidas para 15% a partir de 1º de agosto, embora ele não tenha especificado se isso incluiria tarifas automotivas. A administração Trump tem promovido o acordo como um modelo para futuras parcerias comerciais – no domingo, um acordo semelhante foi alcançado com a UE, envolvendo um teto tarifário de 15% e um compromisso de investimento de $600 bilhões.

Analistas Alertam que Tarifa Automotiva de 15% Ainda é Muito Alta

Embora os EUA tenham reduzido as tarifas sobre automóveis japoneses de 25% para 15%, analistas alertam que a taxa restante ainda pode prejudicar o crescimento das exportações. Stefan Angrick, chefe de Economia do Japão e de Mercados de Fronteira na Moody's Analytics, disse que, embora a redução ofereça algum alívio, 15% ainda está muito acima das expectativas básicas e pode prejudicar a competitividade.

Outros economistas apontaram que a China continua ganhando terreno no mercado global de automóveis. Eles alertam que altas tarifas sobre carros japoneses podem dar aos fabricantes chineses uma vantagem competitiva. Karl Brauer, da iSeeCars, chegou a chamar os veículos fabricados na China de “a maior ameaça” para a indústria automotiva do Japão e para as perspectivas econômicas de longo prazo.

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