Zohran Mamdani, o candidato do Partido Democrata para prefeito de Nova York, enfrentará um campo de candidatos em novembro, incluindo aqueles que já tomaram posições firmes sobre cripto e blockchain.
Na terça-feira, Mamdani derrotou o ex-governador de Nova York, Andrew Cuomo, com 43,5% dos votos na primária democrata de Nova York. A vitória colocará o membro da Assembleia do Estado de Nova York em competição com o candidato republicano Curtis Sliwa, o atual prefeito de NYC Eric Adams e Cuomo, que supostamente concorrerá como candidato independente após a perda nas primárias.
Com exceção de Mamdani, todos os principais candidatos anteriormente ocuparam posições favoráveis à indústria de criptomoedas.
Adams primeiro se candidatou a prefeito como um democrata em 2021, dizendo que aceitaria seus primeiros três salários em Bitcoin (BTC). Ele continuou a falar em conferências de cripto, a propor títulos municipais respaldados por BTC e a realizar uma cúpula de ativos digitais na residência do prefeito.
Sliwa, embora esteja atrás de Mamdani de acordo com muitas pesquisas, concorreu contra Adams em 2021 com uma mensagem de campanha pró-cripto. Sua plataforma incluía planos para abrir mais caixas eletrônicos de cripto em Nova York e incentivar empresas locais a aceitar ativos digitais.
Enquanto isso, Cuomo supostamente aconselhou a exchange de criptomoedas OKX em 2021, enquanto as autoridades dos EUA estavam investigando a empresa por operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado. A exchange acabou pagando US$ 505 milhões em multas e penalidades.
Mamdani criticou publicamente o envolvimento de Cuomo com a exchange. “Andrew Cuomo poderia ter passado os anos desde sua renúncia fazendo reparações e ajudando os nova-iorquinos”, disse ele em um post no X em 2 de abril. “Em vez disso, ele perseguiu as mulheres que falaram sobre seu assédio serial, lutou para manter seu contrato de livro de milhões... e aconselhou uma exchange de cripto estrangeira que quebrou a lei dos EUA.”
Mamdani enfrenta oposição de figuras do cripto
Desde sua vitória nas primárias, Mamdani enfrentou oposição pública de figuras significativas da indústria de cripto, incluindo o cofundador da Gemini, Cameron Winklevoss. Tyler Winklevoss também levantou a ideia de “se envolver na corrida para prefeito de NYC”, sugerindo apoio financeiro a um candidato para derrotar Mamdani.
Ambos os irmãos se envolveram na eleição presidencial dos EUA de 2024, prometendo milhões de dólares à campanha do então candidato Donald Trump. Anthony “Pomp” Pompliano, um defensor do Bitcoin e fundador e CEO da Professional Capital Management, que também compareceu a um evento de campanha de Trump em Nova York, pediu aos nova-iorquinos que se opusessem a Mamdani.
O gestor de fundos de hedge Bill Ackman, com um patrimônio líquido reportado de mais de US$ 9 bilhões, também sugeriu que apoiaria qualquer candidato com chance de derrotar Mamdani na eleição geral:
“[T]em centenas de milhões de dólares de capital disponíveis para apoiar um concorrente a Mamdani que pode ser organizado da noite para o dia [...] para que um grande candidato alternativo não passe tempo levantando fundos. Portanto, se o candidato certo levantar a mão amanhã, os fundos fluirão.”
A Cointelegraph entrou em contato com a campanha de Mamdani para um comentário, mas não havia recebido uma resposta no momento da publicação.
Que impacto um prefeito de NYC pode ter na indústria global de cripto?
Quem quer que vença a eleição de novembro pode ter um impacto significativo nas políticas de cripto de Nova York. Como um dos maiores centros de negócios dos Estados Unidos, a cidade é a sede de várias empresas de cripto, incluindo emissoras de stablecoin Paxos e Circle, a exchange de criptomoeda Gemini e a empresa de pagamentos MoonPay.
“Se você está no espaço de cripto, blockchain, Web3 ou fintech, Nova York está aberto para negócios”, disse o prefeito Adams em 12 de maio.
No nível estadual, o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York exigiu que empresas que oferecem serviços e produtos relacionados a cripto solicitassem uma BitLicense desde 2015. Embora muitos tenham criticado o programa de licenciamento — incluindo Adams — qualquer futuro prefeito de NYC que busque mudança provavelmente só poderá aplicar pressão política aos legisladores estaduais.
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