Nos mercados de cripto de hoje, a macroeconomia se tornou a narrativa dominante. Como resultado, indicadores-chave como o DXY (Índice do Dólar dos EUA) e os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA estão agora sendo monitorados de perto pelos investidores, pois refletem o sentimento institucional e o estado mais amplo da liquidez global.

Este gráfico fornece uma comparação visual entre o Bitcoin, o DXY e os rendimentos dos títulos de 5 anos, 10 anos e 30 anos.

Isso ilustra claramente um princípio macroeconômico bem conhecido:

- Quando tanto o DXY quanto os rendimentos dos títulos sobem, o capital tende a fugir de ativos de risco. O Bitcoin frequentemente experimenta correções em tais ambientes. Historicamente, os mercados em baixa em cripto coincidiram com fortes tendências de alta tanto nos rendimentos quanto no DXY.

- Por outro lado, quando o DXY e os rendimentos perdem impulso, o apetite dos investidores se desloca de volta para o risco. Esses períodos estão tipicamente ligados a afrouxamento monetário ou expectativas de cortes nas taxas do Federal Reserve, alimentando o sentimento otimista nos mercados de cripto.

O que é impressionante no ciclo atual é o desacoplamento incomum entre o Bitcoin e os rendimentos dos títulos. Apesar dos rendimentos atingirem alguns dos seus níveis mais altos na história do Bitcoin, o BTC continua a subir, muitas vezes acelerando quando o DXY diminui.

Essa anomalia sugere uma mudança estrutural no papel do Bitcoin dentro do cenário macroeconômico.

A explicação é que o Bitcoin está se tornando cada vez mais percebido como uma reserva de valor.

Essa nova narrativa pode estar redefinindo como o BTC reage às forças macroeconômicas tradicionais.

Escrito por Darkfost