O Bitcoin (BTC) caiu acentuadamente após o recente ataque de Israel ao Irã, caindo para cerca de $103.000. Em contraste, o ouro disparou perto de máximas recordes. Isso alimentou críticos como Peter Schiff, que questionaram a capacidade do Bitcoin de agir como um porto seguro. Schiff, um defensor de longa data do ouro, argumentou que a oscilação de preço do BTC prova sua instabilidade durante crises. Ele apontou que, enquanto o ouro e o petróleo dispararam, o Bitcoin se moveu com as ações — para baixo. O Bitcoin frequentemente foi promovido como “ouro digital”. Mas eventos geopolíticos recentes desafiaram essa ideia. Schiff destacou que as ações de mineração de ouro atingiram seus níveis mais altos desde 2012, mostrando forte demanda dos investidores. Enquanto isso, o BTC não conseguiu se manter sob pressão. Essa desconexão reacendeu o debate entre ouro e Bitcoin, especialmente à medida que os investidores buscam refúgio em tempos incertos.

Preços do Petróleo Sobem, Bitcoin Recupera — Mas é Sustentável?

O conflito Israel-Irã fez os preços do petróleo subirem 5%, enquanto o BTC caiu brevemente antes de se recuperar para acima de $105.000. Os analistas permanecem divididos. Alguns veem a alta do petróleo como efêmera, observando que a infraestrutura de petróleo do Irã não foi atingida. Outros alertam que uma nova escalada pode fazer o petróleo — e a inflação — dispararem. Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, uma vez chamou o Bitcoin de “energia armazenada em forma digital.” Se o petróleo permanecer alto, Hayes acredita que o Bitcoin deve se beneficiar. Mas o mercado ainda não seguiu esse caminho claramente. Traders de curto prazo estão de olho no nível de suporte de $100.000. Se isso se mantiver, o Bitcoin poderia subir. Mas a conexão entre petróleo e Bitcoin continua incerta, deixando o mercado de criptomoedas em uma corda bamba.

Quedas no Preço do Bitcoin Podem Ser o Começo de um Grande Retorno

Apesar do pânico, alguns analistas veem oportunidade. Dados históricos mostram que o Bitcoin subiu mais de 60% dentro de 50 dias após crises geopolíticas passadas. André Dragosch, da Bitwise, observou que o desempenho do BTC após eventos globais semelhantes tem sido surpreendentemente forte. Por exemplo, após a tensão entre os EUA e o Irã em 2020, o BTC superou tanto o ouro quanto as ações. Esse padrão pode se repetir. O BTC ainda está negociando acima de zonas de suporte chave, e dados on-chain mostram forte acumulação por grandes investidores. Mais de 30.000 BTC foram comprados durante a recente queda. O Múltiplo de Puell, um sinal de mercado chave, também sugere que o Bitcoin está subvalorizado. Tudo isso aponta para um possível rali se o medo no mercado diminuir.

Sentimento em relação ao Bitcoin cai à medida que o Índice de Medo diminui

O Índice de Medo e Ganância das Criptomoedas caiu 10 pontos para 61 durante a venda, mostrando crescente cautela. Uma pesquisa recente mostrou que mais de 50% dos traders querem “comprar a queda”, enquanto outros se preocupam que o BTC possa cair abaixo de $100.000. Essa divisão reflete o frágil humor do mercado. Indicadores técnicos estão mistos. A resistência em $110.000 permanece forte, mas o BTC se recuperou ligeiramente de suas mínimas. Enquanto isso, os traders estão atentos à expiração de 28.000 opções de BTC no valor de $3 bilhões. A última vez que isso aconteceu, os mercados permaneceram calmos. Mas com tensões elevadas, qualquer mudança poderia desencadear mais volatilidade.

Peter Schiff reafirma suas dúvidas sobre o Bitcoin

Peter Schiff continua a criticar o Bitcoin, chamando seu comportamento recente de prova de que não é um verdadeiro ativo de valor. Ele afirma que a queda do BTC durante momentos de crise mostra que é muito volátil para ser confiável como o ouro. Schiff também observa que os bancos centrais estão se voltando para o ouro — e não para o Bitcoin — como sua proteção contra a turbulência. No entanto, os acreditadores do Bitcoin não estão recuando. Eles argumentam que a escassez do BTC, descentralização e interesse institucional o tornam um ativo de longo prazo que vale a pena manter. Enquanto Schiff vê instabilidade, outros veem pontos de entrada estratégicos. As próximas semanas podem determinar quem está certo.