A súbita escalada entre Israel e Irã enviou ondas de choque pela economia global. Ataques aéreos lançados por Israel em locais nucleares iranianos-chave desencadearam uma rápida reação nos mercados de commodities e ações. Os investidores correram para ativos de refúgio seguro como o ouro, enquanto os preços do petróleo dispararam. Principais índices como o DOW, S&P 500 e NASDAQ todos caíram nas negociações iniciais. Aqui está uma análise de como este confronto geopolítico está afetando os mercados e economias ao redor do mundo.
Os mercados de ações reagem à turbulência no Oriente Médio
Os mercados de ações globais foram rápidos em refletir as crescentes tensões. Os futuros dos EUA caíram acentuadamente na manhã de sexta-feira, com os futuros do DOW em queda de quase 600 pontos. O S&P 500 e o NASDAQ também despencaram mais de 1,5%. Os investidores se afastaram de ativos mais arriscados, temendo que a retaliação do Irã pudesse arrastar os EUA ou seus aliados para um conflito mais profundo. Os mercados de ações europeus refletiram esse pânico. Os futuros atrelados ao DAX da Alemanha e ao FTSE 100 do Reino Unido caíram, com perdas variando de 0,5% a 1,7%. A Ásia também não foi poupada — o Nikkei do Japão e o Kospi da Coreia do Sul ambos recuaram. Mesmo com os recentes dados de inflação nos EUA parecendo promissores, esta nova crise apagou o otimismo de curto prazo.
O petróleo dispara em meio a preocupações com a oferta
O preço do petróleo disparou à medida que as notícias do ataque se espalharam. Israel atingiu a instalação Natanz do Irã — uma parte crítica de sua infraestrutura nuclear — mas não visou a produção de petróleo. Ainda assim, temores de interrupções na oferta elevaram o Brent e o West Texas Intermediate mais de 8%, marcando o maior ganho diário em anos. Embora o Irã não tenha fechado nenhuma rota de petróleo, analistas temem que possa usar o Estreito de Ormuz como alavanca. Quase 20% do petróleo do mundo flui por essa estreita via navegável. Se as tensões aumentarem ainda mais, os preços globais do petróleo podem continuar a subir, afetando os custos de energia em todo o mundo. Isso, por sua vez, poderia reacender as pressões inflacionárias.
O ouro se torna o refúgio seguro
Quando o conflito atinge, os investidores geralmente recorrem ao ouro — e desta vez não foi diferente. O metal precioso disparou quase 1% à medida que o medo dominava os mercados. O ouro tende a ter um bom desempenho em tempos incertos porque é visto como um armazenamento estável de valor. Com a ameaça de guerra à espreita, o ouro pode continuar a brilhar. O recente aumento de preço do ativo reflete o quão nervosos os traders se tornaram. Se o Irã retaliar e mais potências regionais se envolverem, o ouro pode atingir novos patamares. É um sinal claro de que muitos veem o risco de um conflito mais amplo como muito real.
Os mercados de ações na Europa e na Ásia se preparam para a volatilidade
Os mercados de ações na Europa e na Ásia estão se preparando para mais instabilidade. Apesar dos ganhos recentes impulsionados por uma inflação mais amena e otimismo comercial, os índices regionais não conseguiram se manter contra a pressão geopolítica. O Hang Seng de Hong Kong e o Composite de Xangai também fecharam em baixa, sinalizando a inquietação dos investidores globais. Líderes europeus criticaram o ataque de Israel como imprudente, e seus mercados abriram acentuadamente em baixa. Se as negociações entre o Irã e o Ocidente falharem completamente, a perspectiva para as ações europeias poderá escurecer ainda mais. Os custos de energia e as rotas comerciais poderão ser impactados, particularmente para economias dependentes do petróleo do Oriente Médio.
O que vem a seguir para os mercados?
O DOW, S&P 500 e NASDAQ agora estão em uma encruzilhada. Os investidores estão observando de perto o próximo movimento do Irã. Qualquer retaliação — especialmente uma envolvendo ativos dos EUA — poderia provocar perdas mais profundas. Enquanto isso, ações de energia e defesa podem ver ganhos enquanto outras caem. Ao mesmo tempo, os bancos centrais podem ser forçados a reconsiderar a política monetária se a inflação impulsionada pelo petróleo disparar novamente. A próxima reunião do Federal Reserve está a apenas alguns dias de distância, e os oficiais agora enfrentam uma nova incerteza. Em resumo, o conflito Israel-Irã lembrou ao mundo o quão frágil a economia global continua. Do petróleo ao ouro às ações, cada classe de ativo está sentindo a pressão. Os investidores devem se preparar para mais oscilações nos próximos dias.