O mercado de ações voltou à vida esta semana. A decisão de Trump de adiar novas tarifas severas sobre a UE deu aos traders algo para comemorar. Principais índices como o Dow, S&P 500 e Nasdaq todos subiram. Os investidores viram a pausa como um sinal de progresso nas negociações comerciais entre os EUA e a UE. Com as tarifas fora de questão — pelo menos por enquanto — os medos de uma guerra comercial em grande escala esfriaram.

A confiança do consumidor também recebeu um impulso, quebrando uma queda de cinco meses. Isso adicionou combustível à alta. Além disso, os rendimentos dos títulos caíram e o dólar se fortaleceu. Esses movimentos sugerem que a economia global pode estar se estabilizando. Está claro que o mercado de ações ainda reage rapidamente às ameaças tarifárias de Trump — ou à sua ausência.

As tarifas alimentam os ganhos do Tesouro, mas provocam ansiedade no mercado

Mesmo com a alta das ações, as tarifas de Trump deixaram sua marca. As receitas do Tesouro dos EUA provenientes de tarifas ultrapassaram US$ 22 bilhões apenas em maio. Um único dia, 22 de maio, viu US$ 16 bilhões inundarem os cofres do governo. Isso é mais do que o mês inteiro de março. As agressivas ações tarifárias de Trump claramente aumentaram a receita federal.

Ainda assim, os números escondem a verdadeira história. As tarifas podem estar enchendo os cofres do governo, mas criam incerteza nos mercados. As empresas enfrentam custos mais altos, o que pode prejudicar os lucros. Os consumidores podem pagar mais também. Embora Trump tenha apresentado as tarifas como uma vitória, Wall Street continua cautelosa em relação aos efeitos a longo prazo.

A UE corre para negociar após o atraso nas tarifas

Depois que Trump adiou o início das tarifas de 50% da UE, a União Europeia agiu rapidamente. Funcionários de comércio da UE concordaram em acelerar as negociações com os EUA. Eles estão se concentrando em indústrias-chave como semicondutores, automóveis e farmacêuticos. Maroš Šefčovič, o principal negociador da UE, disse que as conversas recentes com a equipe de Trump foram "positivas".

O atraso dá a ambas as partes espaço para respirar. Mas está claro que as tensões continuam altas. Trump deixou claro: se nenhum acordo for alcançado até 9 de julho, as tarifas voltarão a ser aplicadas. Enquanto isso, a UE está preparando US$ 108 bilhões em tarifas retaliatórias, apenas por precaução. Com tanto em jogo, os mercados estarão atentos a cada manchete.

As tarifas de Trump: ferramenta ou ameaça em uma guerra comercial?

Trump continua a tratar as tarifas como uma alavanca. Em um momento, são uma ameaça. No seguinte, são uma moeda de troca. Ele usou tarifas para pressionar por acordos comerciais não apenas com a UE, mas também com a China e o Reino Unido. Em maio, ele até insinuou novas taxas sobre gigantes da tecnologia como Apple e Samsung, a menos que mudem a produção para os EUA.

Enquanto Trump afirma que as tarifas trazem dinheiro para os EUA e ajudam a cortar impostos, os especialistas são céticos. A receita tarifária continua sendo apenas uma pequena parte da receita total do governo — muito menos do que o imposto de renda. E enquanto a reação do mercado de ações a curto prazo foi positiva, uma guerra comercial mais ampla poderia trazer mais dor do que lucro.

Por que o mercado de ações ainda depende das notícias sobre tarifas

Esta semana provou uma coisa: o mercado de ações ainda está intimamente ligado às ações tarifárias de Trump. Cada tweet, cada pausa, cada ameaça envia ondas pelos mercados globais. Um simples atraso nas tarifas da UE foi suficiente para fazer o Dow subir mais de 700 pontos. As ações de tecnologia também dispararam, lideradas pela Nvidia, em um otimismo sobre chips de IA.

Mas os investidores sabem que a montanha-russa não acabou. Se as negociações falharem, as tarifas podem voltar — e rapidamente. E se Trump adicionar novas tarifas setoriais, a volatilidade aumentará novamente. Por enquanto, a guerra comercial entrou em um frágil cessar-fogo. Mas, como sempre, na economia de Trump, o próximo movimento está a apenas uma manchete de distância.