A Verbraucherzentrale NRW, uma organização de proteção ao consumidor financiada pelo estado com sede na Alemanha, falhou em sua tentativa legal de impedir a Meta Platforms de usar dados públicos de usuários de suas plataformas de mídia social, Instagram e Facebook, para treinar seus modelos de inteligência artificial após uma decisão judicial na sexta-feira, 23 de maio.

O grupo de direitos do consumidor havia solicitado uma liminar para impedir o uso planejado pela Meta de conteúdo gerado por usuários em suas plataformas na União Europeia (UE) para o desenvolvimento de suas tecnologias de IA. No entanto, o tribunal em Colônia, Alemanha, negou o pedido.

Os planos da Meta e o desafio legal

Em abril, a Meta, a empresa mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que começaria a treinar seus modelos de IA usando postagens e interações públicas de usuários adultos na UE a partir de 27 de maio de 2025.

Isso inclui qualquer conteúdo, bem como comentários tornados publicamente disponíveis por usuários com mais de 18 anos em suas plataformas. A Meta disse que não incluirá mensagens privadas para esses fins.

A empresa também declarou que informará os usuários sobre as novas políticas de uso de dados e lhes dará a capacidade de optar por não participar, e supostamente já fez isso.

No entanto, a Verbraucherzentrale NRW argumenta que a Meta pode estar violando o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), que rege a privacidade dos dados na UE.

Em um comunicado no site do grupo, Christine Steffen, uma defensora da proteção de dados, disse: 'não se pode descartar que informações particularmente sensíveis, que são especialmente protegidas sob o Regulamento Geral de Proteção de Dados, também sejam usadas para fins de treinamento de IA.'

Preocupações mais amplas sobre privacidade e litígios potenciais

O caso faz parte de um escrutínio mais amplo sobre a abordagem das Big Tech em relação à inteligência artificial e ao uso de dados pessoais.

A NOYB (None of Your Business), outra organização de defesa da privacidade europeia liderada pelo ativista Max Schrems, emitiu uma carta de cessação e desistência ao gigante tecnológico liderado por Mark Zuckerberg por seu uso planejado de dados de usuários para treinamento de IA, criticando a justificativa da Meta de um interesse legítimo sob as regras de privacidade da UE.

A organização declarou que poderia entrar com um pedido de liminar sob a EU Collective Redress se a Meta se recusar a agir. A NOYB também afirmou no passado que as empresas deveriam adotar um modelo de 'opt-in' em vez de colocar o ônus sobre os usuários para optar por não participar.

Embora um tribunal com sede em Colônia tenha rejeitado o desafio aos planos da Meta, analistas jurídicos sugerem que a luta está longe de acabar.

Os reguladores no continente europeu são conhecidos por suas rigorosas políticas de proteção ao consumidor, que recentemente foram alvo de críticas pesadas da administração Donald Trump.

Até agora, a Meta permanece legalmente livre para começar a incorporar dados públicos europeus em seus sistemas de IA.

Academia Cryptopolitan: Quer fazer seu dinheiro crescer em 2025? Aprenda a fazer isso com DeFi em nossa próxima webclass. Reserve seu lugar.