De acordo com a CoinDesk, o Bitcoin está em transição das mesas de negociação para as tesourarias corporativas, com expectativas de que se tornará uma prática padrão até o final da década. Elliot Chun, sócio da Architect Partners, prevê que até 2030, um quarto das empresas do S&P 500 incluirão o Bitcoin em seus balanços como um ativo de longo prazo. Essa estratégia de manter o Bitcoin como um ativo de reserva do tesouro foi inicialmente considerada não convencional quando a Strategy, anteriormente conhecida como MicroStrategy, a adotou em agosto de 2020. A empresa posicionou o Bitcoin como uma proteção contra a inflação, uma ferramenta de diversificação e um diferenciador de mercado.

O ex-CEO, Michael Saylor, abraçou publicamente o Bitcoin, transformando a empresa em um proxy para exposição ao Bitcoin. Desde então, as ações da MicroStrategy subiram mais de 2.000%, superando significativamente o S&P 500 e o Bitcoin durante o mesmo período, conforme observado por Chun. Recentemente, a GameStop anunciou planos de levantar US$ 1,3 bilhão por meio de uma nota conversível para adquirir Bitcoin, seguindo um caminho semelhante. Embora as ações da GameStop tenham subido inicialmente após o anúncio, elas se corrigiram desde então, caindo quase 15% na semana. Chun sugere que os tesoureiros corporativos podem em breve enfrentar riscos de carreira não por comprar Bitcoin, mas por ignorá-lo. Ele enfatizou que "não fazer nada não é mais uma estratégia defensável".

Dados do BitcoinTreasuries indicam que empresas listadas publicamente atualmente detêm 665.618 BTC, representando aproximadamente 3,17% do fornecimento total de Bitcoin. A Strategy detém a participação majoritária com 506.137 BTC. Essa tendência destaca a crescente aceitação e integração do Bitcoin em estratégias financeiras corporativas, refletindo uma mudança em como as empresas percebem e utilizam ativos digitais.