A Binance continua sendo a maior exchange de criptomoedas do mundo, com mais de 250 milhões de usuários e presença ativa em diversos países. Oferece desde operações básicas até produtos avançados como staking, derivativos e soluções Web3. É uma referência global tanto em volume negociado quanto em diversidade de ativos.
Por sua vez, El Dorado é uma exchange venezuelana que ganhou notoriedade ao se especializar exclusivamente em stablecoins, com um foco em trocas rápidas entre moedas digitais respaldadas pelo dólar (como USDT e USDC) e moedas locais como o bolívar. Esta proposta simplificada conquistou muitos usuários na Venezuela, especialmente em contextos de alta inflação, e começou a se expandir para outros países da América Latina como Colômbia, Peru e México.
Para entender melhor suas diferenças, testamos ambas as plataformas: realizamos depósitos, conversões, avaliamos o suporte e a experiência geral de uso. A seguir, comparamos seu desempenho nos principais aspectos da experiência do usuário.
As telas que aparecem estão em português porque o teste foi realizado por um usuário do Brasil. Ao longo do texto, explicamos as particularidades locais — como o sistema Pix — para que seja fácil de entender em qualquer país da América Latina.
Tela inicial e navegação: Binance vs El Dorado
A Binance oferece uma das interfaces mais completas do mercado. A tela principal é personalizável com widgets, acessos rápidos a funções como Simple Earn, Trading ou OTC, e atualizações da Binance Square com notícias, análises e publicações de outros usuários. No menu inferior, as abas fixas (Início, Mercados, Trade, Descobrir e Carteira) facilitam a navegação mesmo para quem usa o app com frequência.
El Dorado, por outro lado, aposta em uma proposta mais direta. Mostra o saldo total do usuário (sempre em stablecoins) e botões destacados para recarregar saldo, transferir fundos ou convidar amigos. Mais abaixo, inclui uma pequena seção com notícias, embora sem integração em tempo real com dados de mercado. O sistema de navegação também conta com abas fixas, semelhantes às da Binance, mas com menos funções por seção.
Resumo: Binance oferece uma navegação robusta, com personalização e dados atualizados. El Dorado prioriza a simplicidade, ideal para operações rápidas com stablecoins.
Depósitos em fiat ou cripto: Binance vs El Dorado
Na Binance, o processo é versátil e bem organizado. Pode-se depositar por meio de Pix (no Brasil), cartão de crédito ou débito, transferências P2P ou enviar diretamente criptomoedas para a carteira. A plataforma permite selecionar moeda de origem e método de forma intuitiva, com histórico de transações visível.
No El Dorado, o botão "Recarregar" oferece várias opções: reais (R$), dólares (US$), outras moedas (embora esta última opção tenha apresentado falhas), P2P, cripto e El Dorado Pay. Para depositar reais, o usuário é redirecionado para uma negociação P2P onde deve encontrar uma contraparte que envie USDT em troca.
Resumo: Binance se destaca pela sua variedade de métodos, integração bancária e execução clara. El Dorado depende do sistema P2P, o que pode complicar o processo, especialmente fora do horário comercial ou em regiões com menor liquidez.
Compra de criptomoedas: Binance vs El Dorado
Testamos ambas as plataformas com uma compra de 20 reais.
Na Binance, a função “Converter” permitiu realizar a compra de forma direta, sem redirecionamentos ou taxas ocultas. A conversão foi de 1 BRL = 0,182324 USDT, resultando em 3,64 USDT, sem comissões. Todo o processo foi fluido e dentro do app.
No El Dorado, o processo foi mais manual. Após inserir o valor, acessamos uma lista de ofertas P2P. Escolhemos uma com preço de R$ 5,489 por USDT e seguimos estes passos:
Aceitar os termos;
Aguardar contato do comerciante;
Copiar dados bancários;
Fazer um Pix manual fora do app;
Confirmar o pagamento;
Aguardar o envio dos USDT.
Foi cobrada uma comissão de 0,49 USDT. O total recebido foi de 3,15 USDT.
Resumo:
Binance: fluxo automatizado, sem comissões, experiência fluida e rápida.
El Dorado: processo manual, comissão alta, requer mais atenção e tempo (mais de 5 minutos).
Rendimento e produtos de Earn: Binance vs El Dorado
A Binance conta com um sistema de geração de receitas muito completo. Ao comprar uma cripto, pode-se ativar o “Earn automático”, que investe os fundos após um breve período. Há staking para altcoins, rendimento em stablecoins, pools de liquidez, Launchpools e opções de investimento flexíveis ou bloqueadas — tudo acessível pelo app, com projeções e filtros por risco.
No El Dorado, o foco está exclusivamente em stablecoins. O produto “El Dorado Ganha” oferece um rendimento de 4,5% ao ano em USDM (convertível depois para USDT sem custo).
No entanto, para usar essa opção, o usuário deve criar um “cofre” vinculado ao Google Drive, o que requer autocustódia e uma configuração mais técnica.
Resumo: Binance oferece variedade, acessibilidade e melhores rendimentos. El Dorado tem uma opção funcional, mas limitada, mais complexa e pouco atraente para novos usuários.
Histórico de transações: Binance vs El Dorado
Na Binance, o histórico é detalhado, mas dividido: há seções separadas para Spot, Earn, depósitos, saques e conversões. Isso pode ser confuso para novos usuários.
El Dorado facilita esse ponto com uma seção única chamada “Atividade”, onde se concentram todas as operações, incluindo comissões visíveis.
Resumo: El Dorado tem uma interface mais clara para o histórico de movimentos. A Binance é mais completa, mas fragmentada.
Atendimento ao cliente: Binance vs El Dorado
A Binance oferece suporte eficiente: inicia com um centro de ajuda (FAQ), seguido por um assistente virtual com IA, e a possibilidade de falar com um agente humano 24/7 dentro do app. As respostas são rápidas e resolutivas.
No El Dorado, o fluxo é semelhante, mas mais lento. Durante o teste, uma consulta levou entre um e dois dias para receber uma resposta.
Resumo: Binance oferece um suporte ágil e disponível a qualquer momento. El Dorado tem um bom sistema, mas com tempos de resposta pouco competitivos.
Quais vantagens adicionais a Binance oferece?
Conversão instantânea entre moedas com zero ou comissões muito baixas;
Rendimento passivo em dezenas de ativos, com staking e produtos estruturados;
Acesso a ferramentas como Launchpad, Wallet Web3, Marketplace NFT e bots de trading;
Suporte com agentes humanos e comunidade (Angels);
Mais de 600 criptoativos disponíveis.
Quais pontos fortes tem o El Dorado?
Foco total em stablecoins, ideal para usuários que buscam estabilidade;
Navegação rápida e simples;
Interface amigável para novos usuários;
Visualização clara de movimentos e comissões;
Rendimento de 4,5% ao ano em USDM.
Binance vs El Dorado: qual escolher em 2025?
A escolha depende do perfil do usuário, mas nossos testes apontam claramente para uma vencedora:
Facilidade para iniciantes
Binance: Plataforma completa, mas mais complexa
El Dorado: Interface simples, focada em stablecoins
Métodos de depósito
Binance: Pix, cartão, P2P, cripto
El Dorado: Reais via P2P, cripto por Tron ou outras redes
Compra de cripto
Binance: 3,64 USDT - sem Comissão
El Dorado: 3,15 USDT - com comissão de 0,49 USDT, via P2P
Rendimento / Earn
Binance: Vários ativos e tipos de investimento
El Dorado: Apenas USDM (4,5% a.a.), requer cofre no Google Drive
Histórico de transações
Binance: Segmentado por tipo de operação
El Dorado: Centralizado, com detalhe de comissões
Suporte ao cliente
Binance: Rápido, humano, dentro do app 24/7
El Dorado: Atendimento mais lento, demora de 1 a 2 dias
Diferenciais
Binance: Web3, NFT, mais de 600 criptos, staking Avançado, Megadrop
El Dorado: Especialização em stablecoins, integração regional via P2P
Apesar da proposta interessante do El Dorado — especialmente para operações simples com USDT em países como Colômbia ou Peru —, sua experiência de uso apresenta limites importantes: dependência de P2P, processos manuais, menor rentabilidade e suporte lento. Além disso, recentemente deixou de operar na Venezuela, seu principal mercado, por questões regulatórias.
Conclusão: se você busca uma plataforma robusta, confiável e com maior usabilidade, a Binance é a melhor opção em 2025. O El Dorado pode ser útil para casos pontuais, mas ainda está longe de competir em experiência e estrutura.