O $BTC negociado em torno de US$ 108.200, após máxima recente de US$ 114.000.

A queda atual não é sinal de fraqueza — é parte de uma rotação global de liquidez.

Nos últimos dias, os mercados asiáticos registraram perdas: o índice Hang Seng caiu 0,94%, o CSI300 recuou 0,33% e o Xangai Composite perdeu 0,07%, com forte pressão em mineradoras e ativos ligados ao ouro.

Essa queda foi alimentada por dois fatores combinados:

1️⃣ A baixa do ouro no mercado internacional, após semanas de alta;

2️⃣ A expectativa pela reunião entre Donald Trump e autoridades chinesas, reacendendo tensões comerciais.

Quando o ouro começou a perder fôlego, os grandes fundos e investidores asiáticos começaram a girar posição:

venderam parte do ouro e migraram parte da liquidez para ativos com maior potencial de valorização no próximo ciclo — e é exatamente aqui que entra o Bitcoin.

O BTC, mesmo em correção, passa a ser o destino natural desse capital rotativo, pois combina:

• liquidez global,

• acesso digital sem fronteiras,

• e capacidade de valorização mais agressiva quando o apetite por risco retorna.

🔄 Linha do Tempo e Narrativa Global

1️⃣ Segunda-feira:

A imprensa asiática começa a noticiar uma nova rodada de negociações entre 🇺🇸🦾🇨🇳marcada por discursos sobre tarifas e cadeias produtivas.

O ouro recua — e o dinheiro “defensivo” começa a sair das mineradoras.

O BTC ainda sobe até 114K, acompanhando a inércia anterior do mercado.

2️⃣ Terça-feira:

Com a confirmação da reunião e o fortalecimento do dólar, os metais ampliam as perdas.

O subíndice de metais não ferrosos do CSI cai 1,34%, e a Western Region Gold despenca 4,93%.

Nesse mesmo período, o Bitcoin corrige levemente, mas sem perda estrutural, enquanto absorve parte da liquidez retirada do ouro.

O mercado começa a reconhecer o BTC como refúgio especulativo moderno.

3️⃣ Quarta-feira:

Os fundos ajustam carteiras.

Com o ouro estabilizando e a volatilidade do câmbio chinês em alta, o capital começa a se reposicionar gradualmente em cripto, buscando antecipar o próximo ciclo de risco.

O BTC se mantém entre 107K e 109K, consolidando uma zona de acúmulo antes do possível teste de 100K — onde o apetite institucional tende a aumentar.

📉 O que mostram os gráficos

Nos gráficos curtos, o BTC mostra fadiga compradora após o topo em 114K, mas o movimento ainda é controlado.

O volume segue moderado e o suporte técnico mais importante está entre 98K e 100K.

No gráfico semanal, o canal de alta de 2023 permanece intacto, confirmando tendência de longo prazo.

🔍 Interpretação

A queda até 98K–100K representa um respiro técnico e estratégico, não uma reversão.

Esse patamar é visto por grandes investidores como o nível de recarga ideal — um ponto em que a rotação do ouro para o BTC se intensifica.

Historicamente, quando o ouro perde tração e o dólar se estabiliza, o capital procura um novo vetor de valorização.

Hoje, esse vetor é o Bitcoin, que combina a narrativa de reserva de valor com alta exposição ao ciclo de liquidez global.

📊 O que observar daqui pra frente

1️⃣ 114K → resistência decisiva: rompimento com volume confirma retomada.

2️⃣ 98K–100K → suporte forte e provável “ponto de virada” da rotação.

3️⃣ Fluxo de fundos → monitorar saída de ouro e metais: cada nova baixa nos metais tende a reforçar o apetite por BTC.

⚙️ Cenário provável

➡️ Curto prazo: consolidação entre 107K–109K, com possibilidade de toque em 100K.

➡️ Médio prazo: reação altista forte após toque no suporte, puxada pela realocação global de liquidez.

➡️ Longo prazo: rompendo 114K com volume, o BTC tem caminho aberto para 150K e possivelmente 200K.

🧩 O que estamos vendo é a transição do ouro físico para o ouro digital.

Com as tensões EUA–China, o ouro perde brilho, o dólar se fortalece e o Bitcoin surge como o ativo de ponte entre o medo e a ambição.

Ele absorve parte do capital que sai das commodities e vira protagonista do próximo ciclo de risco.

📌 Em resumo

O Bitcoin não está caindo — está respirando enquanto o ouro exala.

A rotação de liquidez começou:

dos cofres dourados para as carteiras digitais.

Quando o mercado perceber que o “novo ouro” é programável e global, o salto para 150K–200K deixará de ser projeção — será apenas consequência.