A Argélia promulgou uma das proibições mais rigorosas do mundo sobre criptomoedas até agora. Isso marcou uma ruptura decisiva com a tendência global, que tem avançado em direção à regulamentação de ativos digitais. A Lei nº 25-10 foi promulgada pelo Parlamento argelino e assinada pelo Presidente Abdelmadjid Tebboune esta semana. Esta proibição abrange todas as atividades relacionadas a criptomoedas; seja negociação, posse, mineração, carteiras, troca ou até mesmo publicidade.

Argélia Impõe Proibição Completa sobre Atividades de Criptomoedas

De acordo com a lei, apenas deter ou transacionar com criptomoedas agora será tratado como uma ofensa criminal sob as leis de combate à lavagem de dinheiro e ao terrorismo. Assim, a lei criminaliza quase todos os aspectos das criptomoedas, o que significa que você não pode emitir, vender, comprar ou possuir criptomoedas como Bitcoin, Ethereum ou stablecoins dentro das fronteiras da Argélia. Isso também significa que os cidadãos da Argélia estão proibidos de usar criptomoedas como meio de pagamento ou investimento.

Com a promulgação dessa proibição, deve-se observar que a lei financeira de 2018 da Argélia já havia proibido o uso de criptomoedas; no entanto, a aplicação e as penalidades não eram tão específicas ou severas quanto as estabelecidas na nova lei. Apesar da proibição anterior, o uso clandestino de cripto persistiu, em parte devido a pressões econômicas, alta inflação e controles de capital rigorosos.

Penalidades Rigorosas Sob a Lei nº 25-10

De acordo com a recente Lei nº 25-10, os infratores podem agora enfrentar penas de prisão de 2 meses a 1 ano. As multas para se envolver em atividades de cripto variam de 200 mil a 1 milhão de dinares argelinos. Penalidades mais severas seriam consideradas se tais ofensas estiverem ligadas a grandes crimes organizados.

O governo afirma que a proibição é necessária para proteger a nação de fraudes que podem ocorrer no mercado de cripto. Essa proibição busca alinhar-se com padrões internacionais como as diretrizes do Grupo de Ação Financeira (GAFI). Segundo o governo argelino, o uso não regulamentado de criptomoedas representa um risco para usuários inexperientes e pode desestabilizar a economia nacional.

Impacto sobre Usuários Locais, Negócios e Posicionamento Global

Essa medida se aplica não apenas aos usuários, mas também a qualquer serviço ou negócio relacionado. Como resultado, tanto as exchanges domésticas quanto as estrangeiras relacionadas a criptomoedas estão sendo fechadas. A lei também intensificou a vigilância e a aplicação pelas autoridades financeiras e de segurança da Argélia, que monitorarão redes bancárias, telecomunicações e até mesmo o acesso à internet dos cidadãos. Essa proibição desconectaria milhares de comerciantes argelinos que acessavam plataformas como CoinBase e Bybit via VPNs.

A proibição também pode desacelerar o desenvolvimento local de blockchain e levar a uma fuga de cérebros de talentos tecnológicos em direção a nações mais acolhedoras. Até agora, a abordagem da Argélia se destaca em forte contraste com o progresso regulatório feito pela maioria das economias líderes.

Regulamentações semelhantes estão ocorrendo em países como China, Marrocos e Egito. A Argélia tornou-se parte de 9 países, incluindo Egito, Iraque, Catar, Omã, Marrocos, Tunísia, Bangladesh e China, que baniram todas as criptomoedas. Esses países impuseram proibições rigorosas sobre criptomoedas, em contraste com grandes economias como a UE, EUA e várias nações asiáticas que estão desenvolvendo estruturas regulatórias para integrar ativos digitais. Até agora, a posição da Argélia permanece uma das mais severas globalmente. Ao escolher uma postura rigorosa, a Argélia corre o risco de se isolar do impulso global em direção à adoção responsável de cripto. Até agora, sua posição continua entre as mais severas do mundo.

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