Relatórios indicam que tanto o Brasil quanto os EUA estão explorando maneiras de retaliar, escalando a disputa comercial iniciada pelo presidente Trump quando ele impôs uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras. O status político do ex-presidente Jair Bolsonaro também é um fator que influencia a situação.

Conflito Comercial Brasil-EUA Está Prestes a Escalar: Sanções Econômicas Podem Resultar
O conflito entre os EUA e o Brasil sobre tarifas comerciais e o tratamento judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro corre o risco de escalar para um impasse total, uma vez que ambas as partes estão supostamente explorando medidas de retaliação adicionais.
A relação bilateral se deteriorou desde que o presidente Trump impôs uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras, com efeito a partir de 1º de agosto. Ele citou preocupações sobre uma caça às bruxas contra Bolsonaro e a censura enfrentada por empresas de mídia social com sede nos EUA que operam no Brasil.
O governo dos EUA já tomou medidas nesse sentido, com o secretário Marco Rubio revogando os vistos do juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e outros juízes envolvidos no julgamento de Bolsonaro.
Rubio afirmou que essa perseguição política “não apenas viola os direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das costas do Brasil para atingir americanos.” No entanto, o governo brasileiro vê essas medidas como uma intrusão em seus assuntos internos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitando as ações tomadas contra os juízes.
Lula declarou:
A interferência de um país no sistema de justiça de outro é inaceitável e viola os princípios básicos de respeito e soberania entre as nações.
Lula estaria estudando maneiras de aumentar a tributação para as grandes empresas de tecnologia no Brasil, incluindo a promulgação de um imposto digital recentemente revogado pelo Canadá e o estabelecimento de restrições sobre pagamentos de dividendos por empresas dos EUA que operam no Brasil. No entanto, o governo teria dificuldades para aprovar legislação para isso, uma vez que um imposto de 15% para empresas multinacionais já foi aprovado este ano.
A administração Trump também poderia retaliar, colocando em risco um faturamento comercial que ultrapassou US$ 92 bilhões em 2024, com um superávit para a Nação Norte-Americana de mais de US$ 7 bilhões.