A China advertiu os Estados Unidos para não reimpor tarifas sobre itens chineses no próximo mês e ameaçou punir qualquer país que faça acordos comerciais com Washington com o objetivo de cortar Pequim das cadeias de suprimento globais.
Em junho, os dois lados acertaram um pacto comercial resultando em uma trégua. No entanto, essa trégua permaneceu um tanto frágil. Muitas questões comerciais ainda estão não resolvidas, devido às quais investidores e comerciantes em ambas as nações estão de olho para ver se o arranjo comercial se manterá ou rapidamente desmoronará.
Na segunda-feira, 7 de julho, Trump começou a informar seus parceiros comerciais que novas tarifas de importação dos EUA entrarão em vigor em 1º de agosto, após adiar quase todos os seus impostos de abril, os quais manteve em apenas 10% para a maioria das nações, para dar aos países mais tempo para negociar com a maior economia do mundo.
Entre os países mais afetados está a China, onde alguns bens enfrentaram impostos acima de 100%. Pequim agora tem até 12 de agosto de 2025 para alcançar um acordo com a América. Se não o fizer, os Estados Unidos planejam reintroduzir outras restrições que foram introduzidas durante os aumentos intercalados na primavera passada.
O partido governante da China enfatiza a necessidade de conversações
Em um comentário publicado na terça-feira, o Diário do Povo, o jornal oficial do partido governante da China, enfatizou a necessidade de conversações. 'Uma conclusão é abundante e clara: diálogo e cooperação são o único caminho correto', comentou a peça em relação à mais recente rodada de atritos comerciais entre as duas nações.
O artigo trazia a assinatura 'Zhong Sheng', que significa 'Voz da China', um nome usado pelo jornal para seu comentário sobre política externa.
O jornal também repetiu a visão de Pequim de que os impostos americanos são semelhantes a 'intimidação'. Acrescentou: 'A prática provou que apenas mantendo firmemente posições principiais pode-se realmente proteger os direitos e interesses legítimos de alguém.'
Essas observações sinalizam que a China pode responder de forma contundente se os Estados Unidos seguirem em frente com o que o jornal chamou de 'um suposto 'prazo final'.' Observadores dizem que isso pode levar a outra rodada de aumentos de tarifas de ambos os lados.
De acordo com dados do Instituto Peterson de Economia Internacional, a tarifa média dos EUA sobre exportações da China está atualmente em torno de 51,1%. Em troca, a tarifa média da China sobre produtos americanos está em 32,6%. Ambos os países estão cobrindo toda a gama de seu comércio bilateral, em todas as categorias de bens.
O Diário do Povo também criticou as menores economias asiáticas que buscaram seus próprios acordos tarifários com Washington, potencialmente excluindo a China de cadeias de suprimentos e mercados regionais.
O Vietnã também concordou em reduzir sua taxa de importação dos EUA para 20%, de 46%, sob um acordo que aplica um imposto de 40% sobre bens 'transitados' por seus portos, mas originalmente produzidos na China na semana passada.
O editorial advertiu que a China é contra formar um acordo comercial que prejudique os interesses da China em troca de concessões em tarifas. Sob essa situação, a China não aceitará um acordo comercial e continuará a proteger os interesses chineses, acrescentou ainda o editorial.
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