Resumo:
O banco fiduciário da Circle não aceitará depósitos nem emitirá empréstimos, focando apenas na custódia.
O banco custodiara principalmente ativos tokenizados, não criptomoedas tradicionais.
A aplicação da Circle junto ao OCC coincide com sua IPO e o momento do projeto de lei sobre stablecoins.
A aprovação faria da Circle a segunda empresa digital a obter uma licença de banco fiduciário nos EUA.
A Circle está dando um passo importante para expandir seu papel no sistema financeiro ao solicitar uma carta de banco fiduciário nacional. Se aprovada, a nova entidade operará como First National Digital Currency Bank, N.A., dando à Circle controle direto sobre suas reservas de stablecoin.
A medida segue a recente estreia pública da Circle, que elevou sua avaliação para quase US$ 18 bilhões. Esse desenvolvimento também posiciona a empresa para atender às exigências regulatórias antecipadas no espaço de ativos digitais.
O momento se alinha com o aumento do momentum no Congresso em torno da legislação sobre stablecoins.
Circle Avança em Direção à Carta Bancária Federal
De acordo com a Reuters, a aplicação da Circle junto ao Escritório do Controlador da Moeda dos EUA (OCC) marca uma mudança em direção a uma integração regulatória mais profunda. O novo banco fiduciário não ofereceria serviços bancários tradicionais, como aceitar depósitos ou emitir empréstimos.
Em vez disso, a Circle se concentraria em gerenciar suas reservas de USDC e fornecer custódia para ativos tokenizados. O CEO Jeremy Allaire afirmou que a iniciativa reflete os esforços contínuos da empresa para elevar os padrões de transparência e governança.
De acordo com a Reuters, a emissora de stablecoin Circle solicitou ao OCC dos EUA a criação do “First National Digital Currency Bank, N.A.” Se aprovada, a carta permitiria que a Circle autogestisse as reservas de USDC e oferecesse serviços de custódia de ativos digitais para instituições, excluindo...
— Wu Blockchain (@WuBlockchain) 30 de junho de 2025
Atualmente, a Circle armazena suas reservas em grandes instituições financeiras, incluindo BNY Mellon, e utiliza a BlackRock para gerenciar ativos como títulos do Tesouro e dinheiro.
Se aprovada, a status de banco fiduciário permitiria que a Circle trouxesse parte dessa custódia internamente, enquanto mantém relacionamentos com parceiros externos.
O banco fiduciário proposto permitirá que a Circle ofereça serviços de custódia de ativos digitais, principalmente para instituições. No entanto, Allaire esclareceu que a empresa planeja priorizar a custódia de ativos do mundo real tokenizados, como ações e títulos, em vez de criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum.
A aplicação também posiciona a Circle para responder rapidamente à legislação pendente nos EUA. O Congresso está trabalhando para finalizar um projeto de lei sobre stablecoins que exige divulgações mensais de reservas e lastro rigoroso por ativos líquidos.
O Senado aprovou o projeto de lei no início de junho, e espera-se que a Câmara vote neste verão. Se promulgada, a nova lei pode desbloquear uma adoção mais ampla de stablecoins em ambientes de varejo e institucionais.
Listagem Pública e Momento de Mercado
A IPO da Circle no início deste mês atraiu forte interesse de Wall Street, dobrando o valor de mercado da empresa. Corretoras como Barclays e Bernstein iniciaram cobertura com classificações otimistas, enquanto JPMorgan e Goldman Sachs emitiram perspectivas mais cautelosas.
Analistas de mercado continuam a avaliar se o modelo de negócios da Circle justifica sua rápida ascensão em avaliação.
A plataforma de cripto Wu Blockchain também destacou a aplicação ao OCC, enfatizando a importância da autogestão na ecologia das stablecoins. Com o USDC entre os principais ativos digitais respaldados por dólar, a carta fiduciária da Circle poderia reformular a forma como as instituições interagem com as finanças tokenizadas.
Allaire disse que o objetivo é ir além da fase de adoção inicial das finanças digitais.
Tornar-se uma empresa pública e solicitar uma carta de banco fiduciário nacional são etapas projetadas para atrair confiança institucional a longo prazo. Se bem-sucedida, a Circle pode se tornar a segunda empresa de ativos digitais com uma licença de banco fiduciário nos EUA, seguindo a Anchorage Digital.
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