A empresa brasileira Méliuz levantou cerca de 180 milhões de reais (32 milhões de dólares) em uma oferta de ações subsequente destinada a obter fundos para comprar Bitcoin. De acordo com seu recente registro, a Méliuz afirmou que a oferta foi precificada em 7,06 reais por ação, um desconto de 5% sobre seu preço de fechamento na quinta-feira.

Essa decisão da proeminente empresa no Brasil demonstra o crescente interesse das empresas tradicionais em adicionar ativos digitais à gestão de seus balanços e investimentos.

De acordo com a Méliuz, os fundos levantados serão usados para adquirir mais Bitcoin, com a empresa já possuindo cerca de 320,25 BTC de sua incursão anterior no mercado. A decisão de levantar capital para comprar Bitcoin demonstra uma forte convicção no valor de longo prazo do ativo digital.

Méliuz levanta fundos para comprar Bitcoin.

Vários fatores podem ter influenciado a escolha da Méliuz de buscar um investimento estratégico no ativo, com o Bitcoin sendo atualmente visto como uma proteção contra a inflação devido à sua oferta limitada. Suas características como um ativo digital descentralizado e imutável atraem empresas que buscam um armazenamento de valor fora dos sistemas financeiros tradicionais.

Adicionar Bitcoin a um tesouro corporativo também é uma forma de diversificação em relação a valores mobiliários e moedas tradicionais.

Como uma empresa de fintech, a base de clientes da Méliuz é composta por pessoas que possuem habilidades tecnológicas e estão interessadas em ativos digitais, tornando o movimento alinhado com a marca da empresa e suas futuras ofertas.

Apesar da volatilidade no mercado de criptomoedas, o potencial de crescimento do Bitcoin é um dos principais motores de sua adoção por empresas. Para contextualizar, o Bitcoin cresceu de forma constante desde sua criação, passando de centavos para mais de cem mil dólares. O ativo digital também influenciou a criação de outros ativos, tornando o setor de criptomoedas um dos mais bem-sucedidos desde sua criação.

A movimentação para comprar mais Bitcoin ocorreu no início deste ano, quando a empresa lançou uma nova estratégia que lhe permite alocar reservas em dinheiro na criptomoeda. O movimento fez com que a empresa se autodenominasse 'a primeira empresa de tesouraria Bitcoin' no Brasil. Também se espera que fortaleça o balanço da empresa, visto que a valorização do preço do ativo nos próximos anos pode colocá-la em uma posição financeira melhor em comparação com a maioria de seus concorrentes.

Além dos investidores, espera-se que a empresa também aumente sua base de usuários e lidere o setor de fintech no Brasil.

A alfabetização em criptomoedas na América Latina está em ascensão.

O Brasil emergiu como um jogador importante no mercado de criptomoedas da América Latina. Embora a clareza regulatória esteja melhorando, o país também viu um aumento do interesse público no setor. A Méliuz também está seguindo essa tendência, que viu um interesse mais amplo em investimento e adoção de ativos digitais entre indivíduos e empresas.

Enquanto isso, a Méliuz não é a única corporação acumulando Bitcoin, com empresas como Strategy (anteriormente MicroStrategy) e Metaplanet também acumulando o ativo digital. Há alguns dias, a Strategy anunciou a compra de 1.045 BTC por 110,2 milhões de dólares, com cada token custando cerca de 105 mil dólares. O movimento aumentou o total de Bitcoin da empresa para 582.000, com um preço médio de compra de 70.086 dólares.

O movimento da Strategy e de outras corporações para comprar BTC influenciou outras, com mais empresas começando a adicionar Bitcoin mínimo a seus tesouros.

Segundo relatos, cerca de 26 empresas possuem mais de 1.000 BTC em seus tesouros, com sete possuindo 10.000 ou mais. Na semana passada, cinco empresas também compraram mais BTC, utilizando o anúncio para aumentar sua presença nas redes sociais.

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