A polícia de Singapura investiga 49 indivíduos por transferências de contas de cripto ligadas à lavagem de dinheiro, descobrindo mais de 200.000 SGD em fundos ilícitos.
O braço internacional do Ant Group busca licenças de stablecoin em Hong Kong, Singapura e Luxemburgo para expandir seus serviços de pagamento transfronteiriço baseados em blockchain.
A Gemini relata que entidades centralizadas agora detêm 31% da oferta circulante de Bitcoin, indicando uma mudança em direção à dominância institucional no mercado de cripto.
POLÍCIA DE SINGAPURA LANÇA OPERAÇÃO CONTRA "TRANSFERÊNCIAS DE CONTAS DE CRIPTO PARA LAVAGEM DE DINHEIRO"
Em 12 de junho de 2025, o Centro Anti-Golpe da Polícia de Singapura, em colaboração com a plataforma de criptomoeda local StraitsX, conduziu uma operação de fiscalização de 13 a 30 de maio visando o uso de contas de cripto para lavagem de dinheiro.
A operação descobriu mais de 200.000 SGD (aproximadamente 150.000 dólares americanos) em fundos ilícitos. Um total de 49 indivíduos está sob investigação por suspeita de envolvimento em atividades de lavagem de dinheiro, incluindo 35 homens e 14 mulheres, com idades entre 18 e 58 anos.
Investigações preliminares revelaram que os suspeitos geralmente entravam em contato com terceiros desconhecidos através de plataformas de mensagens como Telegram ou WhatsApp.
Eles foram orientados a abrir ou transferir contas de criptomoeda ou contas Singpass (sistema de identidade digital de Singapura) em troca de uma compensação que variava de 400 a 3.000 SGD.
Esses indivíduos forneceram capturas de tela de contas, informações pessoais e credenciais de acesso, que foram posteriormente usadas para lavar os lucros de atividades fraudulentas.
ANÁLISE:
À medida que as criptomoedas se tornam cada vez mais mainstream, crimes como lavagem de dinheiro estão se tornando mais complexos.
Governos e empresas devem fortalecer a supervisão técnica — como rastreamento de blockchain e protocolos KYC (Conheça seu Cliente) — enquanto intensificam a educação pública para evitar que indivíduos comuns se tornem involuntariamente parte de operações criminosas.
Além disso, a cooperação transfronteiriça provavelmente se tornará um foco importante, dada a natureza internacional dos fluxos de fundos relacionados a cripto.
ANT GROUP APLICARÁ PARA LICENÇAS DE STABLECOIN EM HONG KONG E SINGAPURA
De acordo com um relatório de 12 de junho da Bloomberg, a Ant International — o braço internacional do Ant Group, com sede em Singapura — planeja solicitar licenças de emissão de stablecoin em Hong Kong e Singapura.
Fontes afirmam que a Ordem de Stablecoins de Hong Kong entrará em vigor em agosto, e a Ant International solicitará uma licença imediatamente após sua efetivação. A empresa também pretende buscar uma licença semelhante em Luxemburgo.
Esse movimento estratégico visa fortalecer os negócios de blockchain da Ant International, particularmente em pagamentos transfronteiriços e serviços de tesouraria.
Segundo relatos, em 2024, o Ant Group processou mais de 1 trilhão de dólares americanos em transações globais, cerca de um terço das quais foram realizadas através de sua plataforma Whale baseada em blockchain.
ANÁLISE:
A solicitação da Ant International para licenças de stablecoin sinaliza suas ambições nos setores de finanças digitais e blockchain.
Como os stablecoins oferecem vantagens de baixo custo e alta eficiência em pagamentos transfronteiriços e gestão de ativos, a aprovação regulatória permitiria que a Ant padronizasse suas operações.
Apoiado por sua plataforma Whale — que já lida com um terço das transações globais de trilhões de dólares da empresa — a licenciamento formal aumentaria a competitividade e fortaleceria a confiança entre usuários e reguladores.
GEMINI: ENTIDADES CENTRALIZADAS DETÊM 31% DA OFERTA CIRCULANTE DE BITCOIN
De acordo com um relatório de pesquisa de 12 de junho da Gemini, entidades centralizadas — como governos, fundos negociados em bolsa (ETFs) e empresas de capital aberto — atualmente detêm aproximadamente 6,1 milhões de Bitcoins, ou 30,9% do total da oferta circulante.
Essas participações estão avaliadas em cerca de 668 bilhões de dólares americanos, marcando um aumento de 924% nos últimos dez anos. As exchanges centralizadas representam aproximadamente metade desse montante.
O relatório aponta que as carteiras de Bitcoin detidas por governos exibem atividade de transação mínima e estão em grande parte não correlacionadas com os ciclos de mercado mais amplos. No entanto, o tamanho dessas participações permanece significativo o suficiente para influenciar o mercado sob certas condições.
O estudo conclui que o fato de entidades centralizadas agora controlarem quase um terço da oferta de Bitcoin reflete uma mudança estrutural em direção à maturidade institucional no mercado de cripto.
ANÁLISE:
O fato de que 30,9% da oferta circulante de Bitcoin agora esteja nas mãos de instituições centralizadas ilustra uma transição de mercado de ser impulsionado pelo varejo para ser dominado institucionalmente.
Essa tendência demonstra o crescente reconhecimento do potencial do Bitcoin como reserva de valor — frequentemente descrito como "ouro digital" — especialmente impulsionado por ETFs e tesourarias corporativas como a MicroStrategy.
No entanto, o fato de que cerca da metade dessas participações esteja concentrada em exchanges também destaca o risco de centralização do mercado, o que poderia amplificar vulnerabilidades sistêmicas em tempos de estresse.
"CoinRank Crypto Digest (6/12)|Entidades Centralizadas Detêm 31% da Oferta Circulante de Bitcoin" esse artigo foi publicado pela primeira vez na (CoinRank).