É HORA DA ÁFRICA
Em um movimento silencioso, mas histórico, Burkina Faso, Mali e Níger lançaram um banco regional conjunto com o objetivo de recuperar o controle econômico após décadas de supervisão estrangeira. O anúncio, feito em Niamey, marca um passo importante longe do franco CFA e da persistente influência financeira da França sobre a região.
Liderados pelo Capitão Ibrahim Traoré, Coronel Assimi Goïta e General Abdourahamane Tiani, os três governos afirmam que o banco priorizará as indústrias locais, a agricultura e a infraestrutura, com reservas mantidas na África e políticas definidas sem aprovação externa.
Por anos, esses países dependeram de uma moeda atrelada aos bancos centrais europeus, limitando sua capacidade de financiar seu próprio desenvolvimento. Com a nova instituição, economistas e engenheiros africanos estão sendo trazidos de volta, pequenas empresas estão ganhando acesso ao crédito, e os jovens estão sendo treinados para administrar sistemas anteriormente controlados de fora.
O banco não é apenas uma ferramenta financeira. É uma mensagem política—uma que diz que a soberania deve incluir a independência econômica. Nenhuma bandeira mudou, nenhuma fronteira se moveu, mas o poder silenciosamente voltou para as mãos africanas.