Em um movimento que pode escalar as tensões comerciais transatlânticas, o ex-presidente Donald Trump declarou planos para impor uma tarifa de 50% sobre todas as importações da União Europeia, que entrará em vigor em 1º de junho. O anúncio, feito durante um comício de campanha na Pensilvânia, marca uma das propostas de política comercial mais agressivas de Trump até agora.

Detalhes-chave da Tarifa Proposta

  • A cobrança de 50% se aplicaria amplamente a produtos da UE, incluindo automóveis, produtos agrícolas e itens de luxo.

  • Trump apresentou a medida como retaliação pelas “práticas comerciais injustas” da UE, acusando a Europa de explorar os mercados dos EUA enquanto mantém barreiras contra as exportações americanas.

  • A política reflete as guerras comerciais do primeiro mandato de Trump, que tiveram tarifas sobre aço, alumínio e importações chinesas.

Potencial Impacto Econômico

  • Preços ao consumidor: Analistas alertam que a tarifa pode aumentar os custos para os compradores americanos de carros europeus (por exemplo, BMW, Mercedes), vinhos e queijos.

  • Retaliação da UE: Bruxelas provavelmente responderá com tarifas de contra-ataque, visando setores dos EUA como agricultura (soja, bourbon) e manufatura.

  • Reação do mercado: As ações dos principais exportadores da UE caíram nas negociações após o fechamento do mercado após o anúncio.

Reações Políticas

  • Os democratas condenaram a medida como “malprática econômica”, alertando que isso poderia desencadear inflação e perda de empregos.

  • Aliados republicanos elogiaram a postura “América Primeiro” de Trump, argumentando que a UE há muito “se aproveita” das políticas comerciais dos EUA.

  • Funcionários da UE chamaram a proposta de “profundamente desestabilizadora”, prometendo desafiá-la na Organização Mundial do Comércio (OMC) se implementada.

Por que isso é importante

A ameaça tarifária surge enquanto Trump se posiciona como o presumido candidato do GOP em 2024, revivendo sua agenda comercial rígida. Com a UE já lidando com a estagnação econômica, uma guerra comercial poderia estressar ainda mais as cadeias de suprimento globais e reacender os temores de inflação nos EUA.

O que vem a seguir?

  • Desafios legais e diplomáticos são esperados se a política avançar.

  • Empresas de ambos os lados do Atlântico estão se preparando para a interrupção, com algumas empresas da UE supostamente acelerando os envios para cumprir o prazo de 1º de junho.

A Casa Branca ainda não emitiu uma resposta oficial.