Os americanos queimaram 3 trilhões de dólares em economias domésticas em menos de três anos, de acordo com dados do Departamento de Comércio.

Entre março de 2020 e agosto de 2021, famílias em toda a América acumularam cerca de 2,1 trilhões de dólares em dinheiro extra—principalmente de cheques de estímulo e desacelerações pandêmicas. Essa pilha agora se foi.

Até o segundo trimestre de 2024, as economias caíram para menos 900 bilhões de dólares, já que os gastos não pararam e a dívida continuou a aumentar.

A taxa de poupança também está despencando. Caiu de 4,1% em fevereiro de 2025 para 3,9% em março. Para referência, antes da pandemia, as pessoas costumavam economizar de 5% a 6% de sua renda. Essa diferença mostra o quão mal os consumidores estão tentando—e falhando—em se manter.

Os gastos superam o crescimento enquanto as tarifas pesam sobre a economia

Março viu um aumento acentuado nos gastos do consumidor, subindo 0,7% naquele mês. As pessoas correram para comprar carros e caminhões para evitar aumentos de preços devido a tarifas de importação. Em fevereiro, os gastos também foram um pouco mais altos do que se pensava anteriormente, agora em 0,5%. Isso ainda não foi suficiente para mudar a visão dos economistas de que a economia está desacelerando.

O relatório do PIB para o primeiro trimestre confirmou isso. Mostrou que a economia dos EUA contraiu 0,3% em uma base anualizada. As importações aumentaram, pesando sobre o crescimento geral. Justin Anderson, um economista sênior da Capital Metrics, disse: “O que estamos vendo é as pessoas gastando apenas para se manter à tona, enquanto a economia não oferece um verdadeiro apoio.”

O índice de preços dos gastos de consumo pessoal (PCE)—uma métrica que o Federal Reserve usa para acompanhar a inflação—subiu 2,3% nos doze meses até março. Isso é uma queda em relação a 2,7% em fevereiro. O PCE núcleo, que exclui alimentos e energia, permaneceu estável de mês a mês. Ao longo do ano, subiu 2,6%, após um aumento de 3,0% em fevereiro.

As novas políticas tarifárias do presidente Donald Trump devem empurrar os preços ainda mais para cima. Economistas dizem que isso provavelmente desencadeará outro aumento da inflação. As expectativas de inflação de curto prazo entre os consumidores acabaram de alcançar seus níveis mais altos desde 1981.

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