Uma empresa baseada em Dubai acabou de investir 8,8 bilhões de dólares nas Maldivas para construir um hub financeiro focado em cripto. O acordo anunciado esta semana vem do MBS Global Investments, um escritório familiar que afirma administrar cerca de 14 bilhões de dólares em ativos. O projeto será construído na capital, Malé, e terá duração de cinco anos, enquanto o país busca sair de sua crescente crise de dívida.
De acordo com uma declaração recente do ministro das finanças das Maldivas, Moosa Zameer, o país precisa tomar medidas e se afastar de sua dependência do turismo e da pesca. Ele disse que o maior problema do país são os pagamentos de dívidas devidos nos próximos dois anos. “É algo que vemos como um potencial contribuinte para nos tirar de certas dificuldades em que estamos”, disse Zameer sobre o investimento em cripto.
Empresa de Dubai lança centro financeiro em Malé
O MBS Global Investments assinou oficialmente um acordo de joint venture com o governo das Maldivas no domingo. O plano é construir o Centro Financeiro Internacional das Maldivas, abrangendo 830.000 metros quadrados, abrigar 6.500 residentes e criar 16.000 empregos. Ele servirá como uma zona financeira cripto visando triplicar o PIB das Maldivas em quatro anos e gerar mais de 1 bilhão de dólares em receita até o quinto ano, de acordo com o plano mestre.
O CEO da MBS, Nadeem Hussain, também confirmou que a empresa garantiu compromissos no valor entre 4 bilhões e 5 bilhões de dólares. “Apreciamos desde o início o que estava envolvido em termos de financiamento e fizemos as alianças necessárias e trouxemos os parceiros necessários para garantir isso”, disse Hussain. “É uma quantia grande de dinheiro.” O escritório é apoiado por Sheikh Nayef bin Eid Al Thani, um nacional qatari, que usará uma rede de escritórios familiares e indivíduos ricos para levantar o restante dos fundos. Hussain disse que a empresa planeja usar uma combinação de capital e dívida para financiar a construção do hub cripto.
Zameer mencionou que a Índia e a China têm sido parceiros de desenvolvimento integrais, mas o novo acordo com a MBS é diferente. “Com a MBS, estamos entrando nos negócios, vai ser um negócio totalmente diferente dos modelos tradicionais de empréstimos que fazemos”, disse ele. O país está agora contando com sua estabilidade política, localização e acesso a grandes mercados como a Índia e o Golfo como vantagens.
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