De acordo com a Blockworks, o emissor de stablecoin Tether e seu custodiante Cantor Fitzgerald estão refutando as alegações das Nações Unidas de que o USDT do Tether é um dos veículos mais populares para atividades financeiras ilícitas. Um relatório recente da ONU afirmou que o USDT na blockchain TRON155 se tornou a escolha preferida para operações regionais de fraude cibernética e lavagem de dinheiro. O relatório citou dados da Bitrace, que mostraram transações totalizando mais de 17 mil milhões de USDT ligadas a casas de câmbio clandestinas, comércio ilegal de mercadorias e diversas atividades criminosas entre setembro de 2022 e setembro de 2023.
Tether expressou decepção em uma postagem de blog, afirmando que a ONU destacou o USDT, ignorando seu papel na ajuda às economias em desenvolvimento nos mercados emergentes. Cantor Fitzgerald, banco de investimento e corretora que custodia os ativos da Tether, também defendeu a empresa. O CEO Howard Lutnick confirmou que o Tether tem as reservas que afirma ter. O relatório da ONU não questionou o status ou a existência das reservas do USDT, mas o Tether há muito enfrenta especulações de que não as mantém. Em um atestado recente, a Tether relatou um excesso de US$ 3,2 bilhões em reservas no final do terceiro trimestre de 2023, fiado pela empresa de auditoria BDO Italian.
Tether encorajou a ONU a expandir a sua compreensão da tecnologia blockchain e do seu potencial para combater o crime financeiro. A empresa também convidou funcionários da ONU para um diálogo colaborativo, semelhante às conversas que Tether afirma ter tido com o Departamento de Justiça dos EUA.