De acordo com o Yahoo News, o desenvolvimento de uma “libra digital” apoiada pelo Estado deve prosseguir com cautela, alertaram os parlamentares. Os benefícios da moeda ainda não são claros e, se for lançada, devem existir sistemas para proteger o acesso ao dinheiro e a privacidade, afirmou o Comité do Tesouro num relatório. O Banco de Inglaterra e o Tesouro têm consultado a ideia desde Fevereiro e estão actualmente a conceber como poderá ser esse sistema.

Espera-se que a fase de concepção decorra até meados da década e a moeda poderá ser lançada antes de 2030. Uma moeda digital do banco central (CBDC) para utilização pelas famílias e empresas ficaria ao lado do dinheiro e dos depósitos bancários, em vez de os substituir, mas detalhes ainda estão sendo acertados. O CBDC seria emitido diretamente pelo Banco da Inglaterra, assim como as notas, proporcionando a mesma segurança que o dinheiro.

Os deputados do Comité do Tesouro disseram que havia “alguns benefícios potenciais” do sistema, incluindo que poderia ajudar a criar inovação nos pagamentos e ajudar a competitividade global do Reino Unido. No entanto, também observaram que permanecem dúvidas sobre se os impactos positivos superam os riscos e custos. O relatório alertou que a nova moeda poderia ser muito rastreável e dar às autoridades acesso a muitos dados novos sobre pessoas, que poderiam ser utilizados indevidamente. O comitê também alertou que a introdução de um CBDC poderia acabar acelerando o desaparecimento do dinheiro físico, algo em que muitas pessoas ainda dependem.