De acordo com a CoinDesk, os legisladores da União Europeia estão a instar o bloco de 27 nações a assumir a liderança na formação do metaverso para reduzir as dependências tecnológicas de outros países e apoiar as empresas da UE. O apelo fazia parte de um relatório da Comissão do Mercado Interno e da Protecção dos Consumidores do Parlamento Europeu sobre as oportunidades, os riscos e as implicações políticas dos mundos virtuais. A comissão aprovou o relatório na terça-feira com 31 votos a favor e dois contra.

O trabalho do comité segue os planos da Comissão Europeia para o metaverso publicados em julho. O órgão executivo da UE não propôs quaisquer leis para cobrir os mundos virtuais, mas disse que a supervisão do metaverso necessita de novos padrões e governação global. A estratégia da comissão na Web4 e no metaverso define mundos virtuais como 'ambientes persistentes e imersivos baseados em tecnologias 3D e de realidade estendida (XR).'

O relatório da comissão observa que os projetos do metaverso foram desenvolvidos por “algumas empresas sediadas fora da UE, que possuem os recursos e capacidades financeiras necessárias” e apela à UE para que assuma um papel de liderança. Pablo Arias Echeverría, o relator que conduz a iniciativa no parlamento, afirmou: «A Europa não pode dar-se ao luxo de ficar para trás na próxima revolução digital, nem podemos repetir os erros do passado. À medida que avançamos para a Web 4.0 com o desenvolvimento de mundos virtuais, temos de estabelecer uma base, enraizada em fortes regras digitais da UE, princípios orientadores e valores. A Europa tem de liderar esta transição, colocando os cidadãos no centro do nosso futuro digital!' Os legisladores apelam à “promoção de condições de concorrência equitativas para reforçar as empresas europeias” e à criação de um quadro político adequado que envolva outros países. O relatório também destaca a necessidade de abordar os riscos relacionados com a saúde mental, a proteção de dados, a proteção do consumidor e a ciberviolência.