De acordo com a CoinDesk, Cecilia Skingsley, funcionária do Banco de Compensações Internacionais (BIS), abordou questões de privacidade em torno das moedas digitais nacionais, afirmando que os bancos centrais não têm interesse em dados pessoais. O BIS tem incentivado os governos em todo o mundo a continuarem a trabalhar nas moedas digitais do banco central (CBDC) para se prepararem para o futuro dos pagamentos. No entanto, as autoridades monetárias nas principais jurisdições, como os EUA e a União Europeia, enfrentam críticas sobre os planos de emissão de CBDCs, sendo a privacidade dos cidadãos a principal preocupação.

Um relatório recente do BIS mostrou que garantir a privacidade aumentou em até 60% a disposição dos participantes de usar um CBDC ao comprar produtos sensíveis à privacidade. Skingsley, chefe do Centro de Inovação do BIS, falou na conferência CBDC do Atlantic Council em Washington DC, instando o público a permanecer aberto à inovação tecnológica. Ela enfatizou que os bancos centrais não têm interesse comercial nos dados pessoais, ao contrário do sector privado, e que os quadros jurídicos protegem as informações que os bancos têm sobre os hábitos de consumo das pessoas.

Skingsley também abordou preocupações de que os CBDCs de varejo possam causar corridas bancárias, afirmando que com as disposições corretas, como ferramentas de gestão de crises de ação rápida e limites para retiradas de fundos, os CBDCs não aumentarão necessariamente a possibilidade de corridas bancárias. Ela acrescentou que os CBDCs atacadistas, usados ​​apenas entre bancos, poderiam ser uma “virada de jogo” para pagamentos transfronteiriços, citando projetos do Centro de Inovação do BIS como Jura, Dunbar e mBridge como exemplos. O BIS publicará as conclusões do projeto Tourbillon, que propõe novas soluções de privacidade para CBDCs de varejo, na quarta-feira.