De acordo com o Cointelegraph, o Bureau de Proteção Financeira ao Consumidor dos Estados Unidos (CFPB) propôs uma regra que lhe permitiria supervisionar grandes provedores de carteiras digitais e aplicativos não bancários. Esta proposta faz parte de um movimento mais amplo da agência para alargar a sua supervisão a vários sectores, incluindo relatórios de consumo, cobrança de dívidas de consumidores, serviço de empréstimos estudantis, transferências internacionais de dinheiro e financiamento automóvel. A regra se aplicaria a empresas que lidam com mais de 5 milhões de transações por ano, como PayPal, Apple, Amazon, Google e Meta.

O CFPB afirmou que as grandes empresas de tecnologia e outras empresas que operam nos mercados de financiamento ao consumo confundem as linhas tradicionais que separam a atividade bancária e de pagamentos das atividades comerciais, o que pode colocar os consumidores em risco. O diretor do CFPB, Rohit Chopra, disse que a regra reprimiria uma via de arbitragem regulatória. A agência observou que os aplicativos digitais têm pelo menos tantos usuários quanto os cartões de crédito e débito, mas atualmente carecem de proteções como seguro de depósito e garantias de privacidade e direitos do consumidor.

A regra proposta visa especificamente as carteiras criptografadas, sugerindo que as definições de “fundos” devem ser estendidas aos ativos criptográficos, em linha com outros estatutos federais. A regra visa transferências de recursos para compras no varejo e compra ou venda de valores mobiliários ou commodities. A regra se aplicaria principalmente ao uso de criptografia no varejo, uma vez que a compra ou venda de criptografia com moeda fiduciária e a troca de um tipo de criptografia por outro seriam excluídas. O CFPB vem desenvolvendo essa proposta de regra há meses, lançando um alerta em junho de que muitos aplicativos de pagamento móvel não possuem seguro de depósito e expressando preocupações sobre o papel da Big Tech no sistema de pagamentos dos EUA.