Segundo o Cointelegraph, uma investigação recente em Cabo Verde, na África Ocidental, explorou o potencial do Bitcoin (BTC) como ferramenta para o progresso na economia da nação insular. Cabo Verde, oficialmente República de Cabo Verde, é uma nação insular no Oceano Atlântico central, composta por 10 ilhas principais e várias ilhotas menores. A economia do país depende fortemente do turismo e das remessas dos cabo-verdianos que vivem no estrangeiro.

A utilização de três moedas, o escudo local, o dólar americano e o euro, apresenta múltiplos problemas na economia. Mastercard e Visa cobram taxas de transação superiores a 4% nas lojas, que muitas vezes são repassadas aos clientes. Além disso, a Western Union e a MoneyGram cobram dos clientes até 15% pelas remessas para enviar dinheiro através das fronteiras. A economia monetária de Cabo Verde também enfrenta elevadas taxas de acesso aos ATM e aos bancos, bem como horários rigorosos de abertura e encerramento.

A inflação em Cabo Verde é superior à da zona euro, embora o escudo esteja indexado ao euro. Os sistemas financeiros existentes nas ilhas impedem os cabo-verdianos de gastar, poupar e enviar dinheiro tão facilmente como nas economias ocidentais. Durante a investigação, Renato Evarchi, um dos primeiros empresários em Cabo Verde a aceitar o Bitcoin, discutiu a situação económica e como mais cabo-verdianos estão a aquecer para uma moeda da Internet sem fronteiras, imutável e descentralizada.