De acordo com o ShibDaily, as autoridades russas intensificaram seus esforços para combater a mineração ilegal de criptomoedas, com foco em indivíduos que utilizam indevidamente recursos estatais para ganho pessoal. Um caso notável envolve um ex-executivo de uma distribuidora regional de energia que supostamente roubou eletricidade para minerar Bitcoin, resultando na apreensão de mais de US$ 88.000 em BTC. O Comitê Investigativo da Região de Amur, na Rússia, anunciou recentemente o confisco de Bitcoins avaliados em aproximadamente 7 milhões de rublos do ex-executivo, que anteriormente liderava a divisão de serviços de conexão tecnológica na filial de Amur da Far Eastern Distribution Company (DRSC). A DRSC é responsável por gerenciar a distribuição de energia na Região de Amur, na Rússia, no Extremo Oriente.

As autoridades alegam que o ex-executivo explorou sua expertise técnica para desviar eletricidade para uso pessoal, operando plataformas de mineração de criptomoedas em seu apartamento sem autorização. Os investigadores revelaram que ele conectou ilegalmente sua residência à infraestrutura elétrica da empresa, obtendo energia diretamente das instalações da DRSC. Esse uso não autorizado resultou em mais de 3,5 milhões de rublos, ou aproximadamente US$ 44.000, em eletricidade roubada. Além disso, o ex-executivo é acusado de aceitar propina de empresários locais para agilizar aprovações de documentos relacionados a eletricidade, com um empresário supostamente pagando-o para aprovar documentos oficiais relacionados a acesso e infraestrutura de energia.

Este caso destaca preocupações crescentes sobre a intersecção entre atividades com criptomoedas e abuso de infraestrutura em regiões com supervisão regulatória cada vez mais rigorosa. À medida que os ativos digitais se tornam cada vez mais integrados aos sistemas financeiros globais, autoridades em todo o mundo estão intensificando os esforços para coibir atividades ilícitas relacionadas a roubo e fraude de energia. Especialistas jurídicos sugerem que as agências de fiscalização provavelmente colaborarão mais com concessionárias de serviços públicos e empresas de tecnologia para rastrear operações de mineração de criptomoedas não autorizadas. Com o consumo de energia sob maior escrutínio, especialmente em áreas que enfrentam escassez de energia ou alta demanda, espera-se que as medidas de fiscalização se tornem mais agressivas. Isso reflete uma mudança política mais ampla que visa equilibrar inovação com responsabilização. À medida que o cenário jurídico evolui, os envolvidos na indústria de criptomoedas podem enfrentar maior escrutínio em relação às fontes de energia para suas operações.