De acordo com o Cointelegraph, a recente alta nos preços do ouro, ultrapassando US$ 3.500, reacendeu as discussões sobre seu papel como moeda, principalmente entre os entusiastas de criptomoedas. Peter Schiff, conhecido defensor do ouro e crítico do Bitcoin, enfatizou que o ouro não é apenas uma mercadoria, mas sim dinheiro de verdade. Seus comentários, compartilhados em uma publicação em 22 de abril, ocorreram quando os preços do ouro ultrapassaram brevemente US$ 3.500, gerando uma reação mista da comunidade cripto.
Os comentários de Schiff também destacaram preocupações com a economia americana, sugerindo que o aumento significativo nos preços do ouro pode sinalizar tempos difíceis para o dólar americano. Ele alertou que o domínio do dólar americano pode estar diminuindo, prevendo mudanças significativas na vida americana. Este ano, o ouro teve uma valorização de 31,6%, enquanto o Índice do Dólar Americano caiu mais de 9%, de acordo com dados do TradingView. Apesar da alta nos contratos futuros de ouro, o ouro à vista ainda não atingiu a marca de US$ 3.500, com um pico de US$ 3.498.
O debate sobre o status do ouro como dinheiro ganhou força nas redes sociais, com muitos questionando sua praticidade como método de pagamento. Críticos argumentam que o ouro não cumpre as funções essenciais do dinheiro, especialmente como meio de troca. Apoiadores das criptomoedas, como Mike Alfred, apontaram a impraticabilidade do uso do ouro para transações cotidianas, contrastando-o com a facilidade de usar moedas digitais como o Bitcoin. Alfred comentou, com humor, que tentou usar ouro em um Starbucks, destacando sua raridade como método de pagamento.
A discussão em andamento também alimentou a narrativa de ouro versus Bitcoin, frequentemente chamada de "ouro digital". Figuras proeminentes como Cathie Wood, fundadora da ARK Invest, argumentam que o Bitcoin representa um conceito mais significativo do que o ouro, com potencial para explorar o mercado de US$ 23 trilhões do ouro. No entanto, alguns acreditam que ouro e Bitcoin não devem ser vistos como concorrentes diretos, dadas suas características e propósitos distintos. Esse debate continua a evoluir, à medida que ambos os ativos atraem atenção em meio às incertezas econômicas.