De acordo com a PANews, a Moody's divulgou um relatório destacando riscos significativos associados à crescente tokenização de fundos. Cristiano Ventricelli, vice-presidente e analista sênior da Moody's, enfatizou a importância de os investidores ponderarem os benefícios dos fundos tokenizados em relação aos riscos relacionados à tecnologia subjacente, segurança, escalabilidade e mudanças regulatórias.
A Moody's observou que muitos gestores de fundos carecem de experiência nos estágios iniciais do mercado de tokenização, frequentemente operando com equipes pequenas e com histórico limitado. Isso cria um risco de pessoa-chave, em que a dependência excessiva de poucos indivíduos pode desestabilizar os fundos caso executivos-chave saiam ou as estruturas de governança sejam frágeis. A agência instou as equipes dos fundos a diversificarem responsabilidades e aprimorarem a gestão de riscos.
Disrupções em blockchain representam outro risco devido à novidade da tecnologia. Embora contratos inteligentes possam melhorar a eficiência operacional, eles são vulneráveis a defeitos de codificação ou ataques maliciosos. O uso de blockchains públicas e sem permissão aumenta a acessibilidade, mas também aumenta os riscos potenciais de ataque. A Moody's recomenda manter backups off-chain e realizar auditorias completas de contratos inteligentes.
Os mecanismos de resgate são identificados como um ponto fraco. A Moody's incentiva fundos tokenizados a permitir resgates tanto em stablecoins quanto em moedas fiduciárias para mitigar os impactos da desvinculação de stablecoins ou de interrupções na blockchain. Além disso, operar em diferentes jurisdições apresenta diversos desafios regulatórios, aumentando os obstáculos legais para reivindicações de investidores. Alguns fundos oferecem estruturas que concedem aos detentores de tokens direitos diretos sobre os ativos subjacentes, mas a aplicabilidade depende das leis locais e da integralidade da documentação do fundo.