De acordo com a Cointelegraph, a rede Bitcoin atingiu um marco significativo em seus 16 anos de história, com sua taxa de hash ultrapassando 1 Zetahash por segundo (ZH/s) pela primeira vez. Essa conquista foi registrada em 5 de abril, quando os dados do mempool.space indicaram um pico de 1,025 ZH/s, enquanto os dados do BTC Frame relataram um pico ligeiramente anterior de 1,02 ZH/s em 4 de abril. Os dados do Coinwarz também notaram uma alta de 1,1 ZH/s em 4 de abril na altura do bloco 890.915, embora sugira que a rede cruzou o limite de 1 ZH/s pela primeira vez em 24 de março. No entanto, em 7 de abril, a taxa de hash caiu abaixo de 0,95 ZH/s.

As discrepâncias nos números de hashrate relatados surgem de diferentes metodologias usadas por vários rastreadores. Essas diferenças podem ser atribuídas a fatores como o tempo das medições de bloco, ajustes de dificuldade e os nós e pools de mineração específicos do Bitcoin dos quais os dados são obtidos. O cypherpunk do Bitcoin Jameson Lopp destacou que usar um único "bloco final" para estimativa, em vez de cinco, pode resultar em uma variação de mais de 0,04 ZH/s. Mitchell Askew, analista chefe da Blockware Solutions, alertou que as métricas de hashrate brutas podem ser enganosas devido a variações aleatórias no tempo do bloco. Ele observou que a média móvel de 30 dias do Bitcoin permanece em torno de 0,845 ZH/s.

Apesar dessas discrepâncias, atingir 1 ZH/s é uma conquista notável para a rede Bitcoin, ressaltando seu imenso poder computacional e crescente descentralização. Esse marco aumenta a segurança da rede, reduzindo significativamente o risco de um ataque de 51%. O hashrate da rede aumentou 1.000 vezes desde janeiro de 2016, quando atingiu pela primeira vez 1 Exahash por segundo (EH/s). Em comparação, o Litecoin, a segunda maior rede de criptomoedas de prova de trabalho, tem um hashrate de 2,49 Petahashes por segundo, tornando-o aproximadamente 40.000 vezes menos poderoso que o Bitcoin.

Mitchell Askew observou que o aumento na taxa de hash se alinha com a expansão das operações comerciais de mineração de Bitcoin, à medida que as empresas investem em máquinas mais eficientes. No entanto, ele alertou que mineradores menos eficientes podem ter dificuldades, a menos que o preço do Bitcoin se recupere nos próximos meses. A MARA Holdings é atualmente a maior mineradora de Bitcoin, com mais de 50 EH/s de poder de computação. A maioria da taxa de hash é direcionada para pools de mineração como Foundry USA Pool e AntPool. Pelo menos 24 empresas de capital aberto estão envolvidas na mineração de Bitcoin, incluindo Riot Platforms, Core Scientific, CleanSpark, Hut 8 Mining e TeraWulf.

Essa conquista histórica de hashrate coincide com uma forte queda do mercado, já que o preço do Bitcoin caiu quase 10% em quatro dias para US$ 78.750. Esse declínio é parte de uma tendência de mercado mais ampla, com as ações dos EUA experimentando uma perda recorde de US$ 6,6 trilhões em 3 e 4 de abril. Analistas atribuem grande parte dessa volatilidade do mercado aos planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, que alimentaram temores de recessão.