De acordo com a CoinDesk, o governo australiano anunciou uma estratégia abrangente para regular e integrar ativos digitais em sua economia, inspirando-se na União Europeia e em Cingapura. Esta iniciativa, detalhada em um white paper do Tesouro australiano, visa modernizar o sistema financeiro adotando a tokenização, ativos do mundo real (RWAs) e moedas digitais de banco central (CBDCs). Embora o governo tenha decidido contra uma CBDC de varejo por enquanto, ele vê uma CBDC de atacado e uma infraestrutura de liquidação tokenizada como cruciais para aumentar a eficiência do mercado e expandir o acesso aos ativos.

O Tesouro Australiano, juntamente com a Comissão Australiana de Valores Mobiliários e Investimentos e o Reserve Bank of Australia, planeja conduzir testes piloto usando dinheiro tokenizado, incluindo stablecoins, para facilitar transações em mercados tokenizados de atacado. O white paper sugere que os mercados para ativos tokenizados poderiam potencialmente aumentar a automação, reduzir riscos de liquidação, diminuir a dependência de múltiplos intermediários financeiros, simplificar processos de negociação, reduzir custos de transação e fornecer acesso mais amplo a ativos tradicionalmente ilíquidos.

Além disso, o white paper descreve uma estrutura de licenciamento para exchanges de criptomoedas, chamadas de Plataformas de Ativos Digitais (DAPs) na Austrália. Os operadores de DAPs serão obrigados a aderir às obrigações de serviços financeiros, como adequação de capital e requisitos de divulgação, e devem usar custodiantes terceirizados para armazenar ativos de clientes. O governo também pretende abordar as preocupações do setor em relação ao desbancarismo por meio de seu regime de licenciamento DAP, facilitando um melhor envolvimento de gerenciamento de risco com parceiros bancários. Esta iniciativa anti-desbancarismo na Austrália se alinha com as discussões em andamento nos Estados Unidos, onde a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, está testemunhando o FIRM Act do senador Tim Scott, que visa impedir que os reguladores usem "risco de reputação" para excluir empresas de criptomoedas do acesso bancário.