De acordo com a Cointelegraph, o aumento de ataques de phishing de criptomoedas resultou em vítimas perdendo mais de US$ 1,2 milhão para lidar com golpes de envenenamento. Esses golpes, também conhecidos como envenenamento de carteira, envolvem enganar indivíduos para enviar seus ativos digitais para endereços fraudulentos controlados por golpistas. O método normalmente envolve invasores enviando pequenas transações para vítimas, imitando endereços de carteira usados com frequência. Essa tática leva os usuários a enviar fundos por engano para o golpista quando eles copiam e colam um endereço de seu histórico de transações.
Golpes de envenenamento de endereços têm aumentado desde o início do ano, com perdas superiores a US$ 1,8 milhão somente em fevereiro, conforme relatado por Deddy Lavid, cofundador e CEO da empresa de segurança on-chain Cyvers. A crescente sofisticação dos invasores e a ausência de medidas de segurança pré-transação são fatores significativos que contribuem para esse aumento. Lavid enfatizou que muitos usuários e instituições estão utilizando ferramentas automatizadas para transações com criptomoedas, algumas das quais não possuem mecanismos de verificação integrados para detectar endereços envenenados. Ele também observou que, embora o maior volume de transações devido ao mercado de criptomoedas em alta desempenhe um papel, a implementação de métodos de verificação pré-transação pode prevenir um número substancial de ataques de phishing. Ao contrário da detecção de fraudes tradicional, muitas carteiras e plataformas não oferecem triagem pré-transação em tempo real para sinalizar endereços suspeitos antes que os fundos sejam transferidos.
Golpes de phishing, incluindo esquemas de abate de porcos, representam uma ameaça crescente à indústria de criptomoedas. Esses esquemas envolvem táticas de manipulação prolongadas para enganar investidores e levá-los a enviar voluntariamente seus ativos para endereços de criptomoedas fraudulentos. Em 2024, golpes de abate de porcos na rede Ethereum resultaram em perdas superiores a US$ 5,5 bilhões em 200.000 casos identificados, de acordo com a Cyvers. O período médio de aliciamento das vítimas varia de uma a duas semanas em 35% dos casos, com 10% envolvendo períodos de aliciamento de até três meses. Alarmantemente, 75% das vítimas perderam mais da metade de seu patrimônio líquido para esses golpes, com homens de 30 a 49 anos sendo o grupo demográfico mais afetado. Golpes de phishing foram a principal ameaça à segurança de criptomoedas em 2024, rendendo aos invasores mais de US$ 1 bilhão em 296 incidentes, marcando-os como o vetor de ataque mais caro para a indústria de criptomoedas.