De acordo com o Odaily, o Brasil está planejando defender o uso da tecnologia blockchain no comércio internacional entre os países membros do BRICS para agilizar as transações financeiras em contratos de importação e exportação. Esta iniciativa será uma prioridade para o Brasil quando assumir a presidência rotativa do BRICS em janeiro de 2025. Ao contrário das discussões anteriores sobre a criação de uma moeda comum do BRICS, esta proposta não pretende desafiar o papel do dólar americano no comércio global, mas visa aumentar a eficiência das transações internacionais alavancando a imediatez e a programabilidade das criptomoedas. As stablecoins já foram usadas informalmente em algumas transações internacionais.

O Banco Central do Brasil está avançando com o projeto piloto Drex, uma iniciativa-chave que explora a aplicação de blockchain no sistema financeiro tradicional. O Drex busca estabelecer uma infraestrutura de negociação de ativos financeiros baseada em tecnologia de tokenização, com foco em transações internacionais. No entanto, o projeto enfrenta desafios para manter a privacidade das transações e, ao mesmo tempo, garantir o controle regulatório do banco central em um ambiente descentralizado.

Além das soluções de blockchain, outra alternativa potencial é a criação de uma rede integrada multinacional semelhante ao sistema de pagamento instantâneo do Brasil, o Pix. No entanto, esse modelo pode gerar preocupações entre os países-membros em relação à governança e soberania financeira.