Novo símbolo de status: ter 1 Bitcoin inteiro substitui casa própria entre jovens, diz executivo da Bitwise
O tradicional “sonho americano” está mudando. Para as novas gerações, a casa com cerca branca perdeu espaço para um novo marco de status: possuir um Bitcoin inteiro. A avaliação é de Jeff Park, chefe de Estratégias Alpha da gestora Bitwise.
Durante entrevista ao canal Unchained, Park destacou que ter um “whole Bitcoin” passou a representar mais prestígio social entre os jovens do que a propriedade de um imóvel. “Eles querem acumular Bitcoin para garantir valor e compartilhar com a família. Isso hoje comunica mais do que dizer que compraram uma casa nos subúrbios”, afirmou.
Segundo ele, esse desejo reflete uma mudança cultural impulsionada por fatores como a digitalização das finanças e a escassez do ativo. “Bitcoin é visto como o novo ouro. É difícil entender isso fora do contexto, mas culturalmente é parecido com a busca por terras no oeste americano no século XIX.”
A Bitwise, gestora do sexto maior ETF de Bitcoin dos EUA, atua diretamente nessa transformação. O fundo BITB, por exemplo, contribui para a consolidação da criptomoeda como reserva de valor, com o setor de ETFs já acumulando mais de 1,2 milhão de bitcoins em custódia.
Park também abordou outros temas relevantes durante a conversa. Apontou o Japão como peça-chave na atual ordem financeira global, sobretudo pelo impacto do carry trade do iene. Sobre as stablecoins, destacou que podem se tornar a principal ferramenta de internacionalização do dólar, já que os EUA não demonstram interesse em lançar uma CBDC própria. A digitalização, segundo ele, ficará nas mãos de bancos e empresas privadas.
Já quanto à possibilidade de uma reserva estatal de Bitcoin nos EUA, Park demonstrou ceticismo. O mesmo vale para grandes empresas acumulando o ativo como política institucional.
No momento, 1 BTC é negociado a US$ 108.900.
Google integra Pix ao Chrome e testa pagamentos direto na busca com 500 varejistas
O Google anunciou nesta terça-feira (10), durante o evento Google for Brasil 2025, a integração do sistema Pix ao navegador Chrome. A novidade permite que pagamentos sejam feitos diretamente pela interface de busca, sem que o usuário precise sair da página do e-commerce.
A funcionalidade está em fase de testes com 500 varejistas, incluindo nomes como Amazon, Magalu, Americanas, Farmácia Raia e Farmárcias Pacheco. A operação ocorre por meio do Google Pay, que conecta o consumidor à transação com poucos cliques.
Além disso, a empresa apresentou novos recursos para a carteira digital em celulares Android, como a leitura de QR Codes via Google Lens e o uso de inteligência artificial para identificar chaves Pix em textos. A partir do Android 9, o sistema também permite iniciar o pagamento diretamente após o reconhecimento da chave.
Para reforçar a segurança, foi introduzida uma camada adicional de autenticação: um PIN de quatro dígitos exigido antes da finalização da transação.
O anúncio ocorre em meio a recordes históricos do Pix. Segundo o Banco Central, foram realizadas 276,7 milhões de transferências no último dia 6 de junho, movimentando R$ 135,6 bilhões. Criado em novembro de 2020, o sistema já conta com mais de 175 milhões de usuários, sendo quase 160 milhões pessoas físicas.
Durante a Febraban Tech 2025, o BC também confirmou o lançamento de novas funcionalidades previstas para o Pix 2.0 ainda este ano, ampliando seu papel como infraestrutura digital para inclusão financeira e inovação no país.