TMZ revelou alguns desses vídeos na semana passada, mostrando que o italiano estava se divertindo em alguns momentos.
John Woeltz
John Woeltz (37), americano acusado de sequestrar e torturar um italiano por três semanas para obter seus bitcoins, se declarou inocente das acusações em audiência realizada nesta quarta-feira (11).
Outro suspeito sob custódia, William Duplessie (32), também negou as acusações.
A dupla alega que a vítima estava se divertindo e poderia ter ido embora a qualquer momento que desejasse. Em certo dia, o italiano chegou a visitar uma ótica junto a um deles, momento em que poderia ter pedido ajuda, disseram em depoimento.
Suspeitos apresentaram fotos e vídeos da vítima se divertindo
Para fortalecer suas defesas, os suspeitos apresentaram fotos e vídeos da vítima dando risada e se divertindo no apartamento. Isso inclui registros do italiano usando drogas (crack) e participando de uma suruba.
A vítima foi identificada como Michael Valentino Teofrasto Carturan (29).
No entanto, ainda em seu primeiro depoimento ele afirmou que foi forçado a usar drogas e que essas fotos teriam sido enviadas para sua família para extorqui-lo.
Já o advogado de defesa de Woeltz aponta que o italiano não estava preso no apartamento de seu cliente e que frequentou igrejas, balas e jantares durante o período em questão.
Antes disso, a vítima afirmou que seus sequestradores colocaram um “AirTag”, dispositivo usado para rastrear malas, chaves e outros bens, em seu pescoço para evitar tentativas de fuga.
Ainda na semana passada, o TMZ revelou alguns desses vídeos. O conteúdo comprova que o italiano estava se divertindo com o grupo de pessoas que aparecem nas imagens, conforme alegam os acusados de sequestro.
Promotora afirma que vídeos foram vazados de forma seletiva
Por outro lado, a promotora Sarah Khan aponta que os vídeos foram vazados de forma seletiva para dar a impressão de que a vítima não estava no local contra a sua vontade.
Em relação às saídas do italiano, ela defende que ele sempre esteve acompanhado de seus sequestradores para evitar fugas.
Khan também relata que Woeltz e Duplessie são suspeitos de manter outras vítimas em cativeiro em dois outros locais.
As informações sobre o julgamento foram publicadas pela Associated Press nesta quarta-feira (12). Os advogados de defesa solicitaram que seus clientes fossem liberados com o pagamento de uma fiança de US$ 1 milhão, mas não obtiveram uma resposta do juri.
A próxima audiência está marcada para o dia 15 de julho. A dupla está sendo acusada de sequestro, agressão, cárcere privado e posse ilegal de arma, e podem ser condenados a prisão perpétua.