Governo aumenta IOF sobre previdência privada, câmbio e crédito de empresas


O governo Lula decidiu aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre planos de previdência privada (VGBL), sobre o crédito de empresas e também sobre operações de câmbio que atingem empresas e pessoas físicas.

Com isso, a expectativa é arrecadar R$ 20,5 bilhões neste ano e R$ 41 bilhões no ano que vem. Com o detalhamento do impacto sobre o IOF, o dólar, que vinha caindo após o anúncio de contenção de gastos de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, acima do que o mercado esperava, passou a subir.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, qualificou a medida como um “pequeno ajuste” e evitou ligar a iniciativa às metas fiscais. Mas a equipe econômica prevê que a tributação de IOF aumente a arrecadação e ajude a reduzir a pressão sobre o Banco Central na condução da política monetária, permitindo a redução da taxa de juros.

As medidas terão vigência a partir desta sexta-feira, dia 23, exceto para antecipação de pagamentos a fornecedores, o chamado “risco sacado” (leia mais abaixo), que começará no dia 1º de junho.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que as medidas também contribuem para reduzir a volatilidade cambial, uma vez que tributam de maneira mais relevante os empréstimos de curto prazo (até 365 dias) feitos no exterior.

“O conjunto dessas medidas tem impacto relevante e vai gerar credibilidade no cumprimento das metas fiscais em 2025 e 2026, colabora com o trabalho do BC, reduz a incerteza.

Todo o anúncio de hoje, a lógica de previsão de receitas e despesas, tudo isso colabora muito com o trabalho do BC”, disse Ceron.

Fonte: Estadão

" Em suma, o aumento do IOF não é um aperto fiscal, é só um “pequeno ajuste”, como disse o ministro — quase um carinho tributário. A conta, claro, fica com quem sempre paga: o contribuinte" (grifo nosso)

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