O Bitcoin (BTC

Principais conclusões:

O preço do Bitcoin está se consolidando perto de US$ 95.274 após ganhar 10,3% na semana passada.

Dados macroeconômicos, incluindo JOLTS (29 de abril), Core PCE (30 de abril), ISM Manufacturing PMI (1º de maio) e Nonfarm Payrolls (2 de maio) podem impactar o sentimento de risco.

Uma semana tranquila no fluxo de notícias sobre criptomoedas pode reduzir o ímpeto de compra à vista, aumentando as chances de consolidação de preços entre US$ 93.000 e US$ 95.500.

Bitcoin mantém posição à frente dos dados de PCE e empregos

O preço do Bitcoin atingiu uma máxima intra-semanal de US$ 95.700 em 25 de abril e, desde então, permaneceu dentro de uma faixa, oscilando entre US$ 93.000 e US$ 95.500. Em 29 de abril, o BTC era negociado perto de US$ 95.274, apoiado por fortes entradas institucionais — incluindo o anúncio de uma aquisição de US$ 1,42 bilhão em BTC pela Strategy e entradas líquidas de ETFs à vista de mais de US$ 3 bilhões na semana passada.

No entanto, na ausência de grandes notícias específicas sobre criptomoedas, o foco voltou para os catalisadores macroeconômicos, com dados de inflação, mão de obra e manufatura dos EUA em pauta.

O que observar: PCE básico, relatório de empregos e PMI industrial

29 de abril – Relatório JOLTS: Dados sobre vagas de emprego podem revelar como o mercado de trabalho dos EUA está absorvendo o impacto das tensões tarifárias em curso com a China. Uma queda acentuada nas vagas pode abalar a confiança do mercado e desencadear movimentos de aversão ao risco no curto prazo.

30 de abril – Inflação PCE básica: O indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed) dará aos mercados uma leitura crucial sobre as tendências de gastos do consumidor. Uma alta surpreendente pode reavivar as expectativas de uma política monetária mais restritiva, enquanto uma queda pode dar suporte a ativos de risco como o BTC.

1º de maio – PMI Industrial do ISM: Uma leitura contracionista sinalizaria crescente preocupação entre as empresas, especialmente em meio à incerteza relacionada às tarifas. O BTC pode reagir negativamente se os temores macroeconômicos ressurgirem.

2 de maio – Folha de Pagamento Não Agrícola: O relatório de empregos de abril pode refletir a pausa econômica mais ampla desencadeada pela inflação e medidas comerciais protecionistas. Números fracos de empregos podem alimentar a volatilidade dos ativos de risco.

Perspectiva do preço do Bitcoin: ação lateral provável

A atual faixa estreita do BTC sugere indecisão do mercado, com os investidores aguardando esclarecimentos dos próximos relatórios econômicos. O comportamento histórico dos preços em semanas com forte presença macroeconômica mostra que os traders costumam reduzir a exposição, preferindo avaliar o risco após a divulgação dos dados.

Dada a volatilidade elevada de abril e a falta de um novo catalisador de alta além da acumulação institucional, o Bitcoin pode ter dificuldades para ultrapassar decisivamente US$ 95.500 no curto prazo.

Analistas observam que o Bitcoin precisa:

Mantenha o suporte acima de US$ 93.000 para evitar um recuo mais profundo.

Rompa e feche acima de US$ 95.700 para atingir US$ 98.500–US$ 100.000 no curto prazo.

Considerações finais

A alta do Bitcoin para mais de US$ 95 mil é promissora, mas sua falta de continuidade sugere cautela por parte dos investidores. Com a divulgação de dados macroeconômicos importantes esta semana, incluindo inflação, produção industrial e números de empregos, o preço do Bitcoin provavelmente se consolidará na faixa de US$ 93 mil a US$ 95,5 mil, a menos que surjam novos catalisadores.

Os traders devem ficar atentos à volatilidade macroeconômica e monitorar de perto os níveis de suporte e resistência do BTC, principalmente se os sinais econômicos dos EUA indicarem recessão ou novas mudanças na política do Fed.